Grande Futebol
Tribunal de Madrid insta UEFA a anular sanções a nove clubes
2021-07-01 22:00:00
Em causa a "sanção disfarçada" contra emblemas que se retiraram da Superliga

Um tribunal comercial de Madrid instou hoje à UEFA a “anular” o que considera uma “sanção disfarçada” contra os nove clubes de futebol que se retiraram do projeto da Superliga.

O 17.º Tribunal de Comércio de Madrid já havia proibido a UEFA, no passado mês de abril, de tomar medidas retaliatórias ou de excluir os 12 clubes fundadores da Superliga das competições organizadas pelo organismo europeu.

No seu novo despacho, o juiz Manuel Ruiz de Lara solicita à UEFA que retire as sanções impostas aos nove clubes que desistiram da tentativa de criação da nova competição, anunciada de surpresa no dia 18 de abril, deixando sozinhos o Real Madrid, o FC Barcelona e a Juventus.

“As sanções impostas a determinados clubes fundadores da Superliga representam uma clara violação” da decisão do tribunal tomada em abril, segundo despacho conhecido hoje.

No dia 07 de maio, a UEFA anunciou sanções, maioritariamente financeiras, contra os nove clubes, com os quais afirmou ter chegado a um acordo, na sequência das desculpas apresentadas e do reconhecimento do seu “erro”.

Tottenham, Arsenal, Manchester City, Manchester United, Chelsea, Liverpool, Atlético de Madrid, Inter de Milão e AC Milan deixaram oficialmente o projeto da Superliga e, em seguida, concordaram com uma série de “medidas de reintegração” propostas pela UEFA.

Estas medidas incluíram a perda de cinco por cento das receitas das competições da UEFA durante uma temporada, uma doação global de 15 milhões de euros às comunidades locais do futebol europeu ou uma multa de 100 milhões de euros.

O juiz pede ainda que essas sanções fiquem “sem efeito imediato” e que o organismo europeu “se abstenha de tomar qualquer outra medida semelhante no futuro”.

O magistrado também exortou a UEFA a cancelar o processo disciplinar contra o Real Madrid, o FC Barcelona e a Juventus, que até agora foram suspensos pelo organismo europeu, considerando que foi um “desrespeito flagrante” da sua própria decisão de abril passado de proibir qualquer sanção.