Grande Futebol
Três consagrados e Bélgica na corrida à sucessão de Portugal na Liga das Nações
2021-10-05 10:05:00
Final a quatro vai ter lugar de quinta-feira a domingo

As consagradas Itália, no papel de anfitriã, França e Espanha e uma Bélgica ‘desesperadamente’ à procura de um título disputam de quinta-feira a domingo a ‘final four’ da segunda edição da Liga das Nações de futebol.

Na corrida à sucessão de Portugal, vencedor da primeira edição, em 2019, o ‘cartaz’ dificilmente poderia ter protagonistas mais cotados, com três seleções já campeãs mundiais e europeias e uma ‘outsider’, que é a líder do ‘ranking’ mundial da FIFA.

A jogar em casa, a Itália apresenta-se como campeã europeia em título, numa conquista conseguida já em 2021, a França na qualidade de detentora do título mundial e a Espanha como a seleção com mais títulos (quatro) no século XXI.

Em contraste com estes ‘gigantes’, a Bélgica não tem qualquer título para ‘amostra’, mas acabou no ‘top 8’ as últimas quatro grandes competições, caindo apenas perante o campeão no Mundial2018 e no Euro2020.

Depois da vitória no último europeu, a Itália parte como favorita para a primeira meia-final, marcada para quarta-feira no San Siro, em Milão, perante uma Espanha em renovação e dizimada por uma longa lista de lesionados.

Pedri, Jordi Alba, Dani Olmo, Álvaro Morata, Gerard Moreno e Marcos Llorente são as principais baixas nos comandados de Luis Enrique, que chamou dois jogadores do Sporting, o lateral direito Pedro Porro e o avançado Pablo Sarabia.

A ‘squadra azzurra’ também não está, no entanto, na máxima força, pois Roberto Mancini não pode contar com os lesionados Ciro Immobile, Andrea Belotti, Rafael Toloi, Gaetano Castrovilli e Leonardo Spinazzola, que rompeu o tendão de Aquiles no Euro2020.

Mas os transalpinos têm do seu lado o público e um lastro impressionante, e recorde, de 37 jogos consecutivos sem perder: depois do 0-1 com Portugal, em 10 de setembro de 2018, somaram 28 vitórias e nove empates.

Os comandados de Mancini superaram, curiosamente, um recorde que era dos espanhóis – 35 sem perder, entre 2007 e 2009 -, ainda que, antes do último jogo, o 5-0 à Lituânia, em 08 de setembro, tenham somado quatro igualdades consecutivas.

As duas primeiras foram ‘transformadas’ em triunfos na ‘lotaria’ dos penáltis, em Wembley, rumo ao título europeu: 4-2 à Espanha, após 1-1 nos 120 minutos, nas meias-finais, e 3-2 à anfitriã Inglaterra, também depois de 1-1, na final.

Na ressaca do segundo cetro europeu – 53 anos após o triunfo na edição de 1968 -, a Itália não conseguiu vencer na receção à Bulgária (1-1) e na Suíça (0-0), em jogos do Grupo C europeu de apuramento para o Mundial de 2022, que lidera.

Por seu lado, e no pós Euro2020, a Espanha ganhou os últimos dois jogos (4-0 à Geórgia e 2-0 no Kosovo), mas perdeu o primeiro (1-2 na Suécia), liderando o Grupo B com mais quatro pontos do que os escandinavos, mas dois jogos a mais.

A segunda meia-final está marcada para quinta-feira, em Turim, na casa da Juventus, e, pelo estatuto de campeã mundial em título, a França parte por ‘cima’ face à Bélgica, numa reedição das meias-finais precisamente do último campeonato do Mundo.

Em São Petersburgo, na Rússia, em 10 de julho de 2018, um golo do ‘improvável’ Samuel Umtiti, hoje ‘perdido’ no banco do FC Barcelona, deu o triunfo à França (1-0), que, cinco dias depois, em Moscovo, bateria na final a Croácia por 4-2.

No mais recente Euro2020, a França foi, no entanto, uma grande deceção, pois só venceu o primeiro jogo (1-0 à Alemanha), somando depois empates com Hungria (1-1), Portugal (2-2) e Suíça (3-3), o último nos ‘oitavos’, com desaire nos penáltis (4-5).

Por seu lado, a Bélgica, que voltará a ser ‘capitaneada’ pelo benfiquista Jan Vertonghen, caiu nos quartos de final perante a Itália (1-2), depois de nos ‘oitavos’ ter afastado o então campeão em título Portugal (1-0).

Mbappé, que poderá formar um ataque com Griezmann e Benzema, é, apesar de sucessivos ‘apagões’, a principal ‘estrela’ dos comandados de Didier Deschamps, cuja grande baixa é a do médio N’Golo Kanté, elemento determinante no meio-campo dos ‘blues’.

Na formação belga, o espanhol Roberto Martínez, que não pode contar com o experiente Vermaelen, tem em Romelu Lukaku a sua grande arma, apoiado pelos virtuosos Kevin De Bruyne e Eden Hazard, que parece ‘peixe fora de água’ no Real Madrid.

Depois do Euro2020, a Bélgica ganhou na Estónia (5-2), na receção à República Checa (3-0) e na Bielorrússia (1-0), enquanto a França empatou em casa com a Bósnia-Herzegovina (1-1) e na Ucrânia (1-1) e recebeu e bateu a Finlândia (2-0).

Os dois encontros das meias-finais realizam-se às 20:45 locais (19:45 em Lisboa), tal como a final, no domingo, dia que começa às 15:00 (14:00) com o jogo de atribuição do terceiro lugar.