Romildo Bolzan Júnior, presidente do Grémio, comentou esta noite as negociações com o FC Porto para a transferência de Pepê, extremo de 23 anos que tem sido uma das figuras da equipa brasileira.

O comentário do dirigente surgiu depois da imprensa brasileira ter avançado que o negócio está praticamente concluído, com os dragões a pagarem 15 milhões de euros ao emblema de Porto Alegre.

O clube brasileiro ficará ainda com direito a 12,5 por cento do valor de uma eventual venda do jogador pelo FC Porto, quando, ao longo das negociações, pretendia 15 por cento.

“No que diz respeito ao Grémio e ao FC Porto, já estamos com a situação bastante avançada e próxima da concretização”, esclareceu esta noite o presidente, Romildo Bolzan Júnior, em declarações à Rádio Guaíba.

"Faltam alguns pormenores relacionados com o contrato. Temos a garantia que teremos o jogador até metade do ano, isso já está acertado. Não sei como está o acordo do jogador com o clube [FC Porto], por isso não posso dizer que está completamente resolvido", acrescentou o dirigente.

Horas antes, o Globoesporte garantia que os clubes já tinham chegado a acordo, depois do Grémio ter aceitado baixar a percentagem em caso de futura venda do jogador pelos dragões.

Pepê vai continuar no clube brasileiro até junho, como por várias vezes garantiu Romildo Bolzan Júnior, mudando-se depois para o Dragão, assinando um contrato válido por cinco temporadas.

As negociações já vinham a prolongar-se há algum tempo, o que levou mesmo o presidente do Grémio a fazer um aviso ao FC Porto, na semana passada: “Se estão a desejar tanto o Pepê, paguem”.

Desde então, o rendimento do extremo tem vindo a decair, não marcando um golo há 619 minutos (sem contar com descontos).

O treinador do Grémio, Renato Gaúcho, não tem dúvidas de que a quebra de rendimento foi provocada pelas constantes notícias sobre o interesse do FC Porto.

“Essa pergunta devia ser colocada ao empresário do Pepê. Ele estava a jogar, estava a ajudar-nos marcando golos e fazendo grandes exibições. Foi só dizerem que havia várias propostas que deu no que deu”, acusou o técnico.

No entender do treinador, o principal culpado nem foi o FC Porto, mas sim o representante do jogador, Adriano Spadotto.

“As pessoas acham que os negócios têm que sair da noite para o dia. Estes empresários têm-se aproveitado muito dos clubes. Muita calma nessas horas. 'Ah, porque fulano ligou para ele, esse [clube] está interessado'. O apressado come cru. Daqui a pouco os empresários ficam 'botando minhoca', essa é a verdade”, tinha dito Renato Gaúcho, no início do mês.