Grande Futebol
Seleção portuguesa procura garantir 12.ª fase final seguida
2021-11-12 22:05:00
Basta um empate com a Sérvia para chegar ao Mundial

A seleção portuguesa de futebol já falhou o apuramento para 21 fases finais de grandes competições, mas pode garantir no domingo uma 12.ª consecutiva, bastando um empate com a Sérvia para chegar ao Mundial do Qatar.

Antes de 2000, a formação das ‘quinas’ apenas tinha estado em dois Mundiais (1966 e 1986) e outros tantos Europeus (1984 e 1996), mas, desde então, já vai em 11 presenças seguidas, incluindo o Euro2004, que disputou como anfitrião.

Em contraste com quatro presenças nas primeiras 26 edições, entre Europeus e Mundiais – sendo que não disputou a qualificação para o campeonato do Mundo de 1930 -, Portugal está, assim, a um ponto de um perfeito ’12 em 12’: já ‘ninguém’ se lembra do último falhanço, o Mundial de 1998.

A história das presenças lusas na qualificação demorou, porém, muito tempo para se tornar uma ‘formalidade’, já que a equipa das ‘quinas’ falhou sucessivamente oito apuramentos (Mundiais de 1934, 38, 50, 54, 58 e 62 e os primeiros Europeus, de 1960 e 64).

À nona tentativa, a formação das ‘quinas’ logrou, finalmente, qualificar-se, para o Mundial de 1966, sob o comando de Eusébio da Silva Ferreira, autor de sete dos nove golos lusos – os outros foram de Coluna e Jaime Graça.

Mesmo com o ‘rei’, Portugal não conseguiu dar sequência ao brilhante terceiro lugar conseguido em Inglaterra e entrou em novo ciclo de oito falhanços, agora para os Europeus de 1968, 72, 76 e 80 e os Mundiais de 1970, 74, 78 e 82.

A primeira presença lusa num Europeu – já o sétimo – aconteceu em 1984, graças a um triunfo final por 1-0 sobre a União Soviética, selado por Jordão, de penálti, após falta sobre Chalana no limite da área.

Seguiu-se novo apuramento, agora para o Mundial de 1986, na sequência do célebre ‘deixem-me sonhar’ do ‘bom gigante’ José Torres. O ‘milagre’ aconteceu em Estugarda, onde a formação das ‘quinas’ venceu a RFA por 1-0, com um ‘golão’ de Carlos Manuel e várias bolas nos ‘ferros’ de Manuel Bento.

Após duas meias-finais nas duas primeiras fases finais (1966 e 1984), Portugal saiu envergonhado do México, face ao tristemente célebre ‘Caso Saltillo’ e os falhanços voltaram – Europeus de 1988 e 92 e Mundiais de 1990 e 94.

Já com a ‘geração de ouro’, os campeões mundiais de juniores de 1989 e 1991, Portugal voltou em 1996, ao Europeu, de novo em Inglaterra, mas, dois anos depois, ainda desperdiçou mais um Mundial, o de 1998, num trajeto marcado pela injusta expulsão de Rui Costa, pelo francês Marc Batta, na Alemanha.

A ausência do Campeonato do Mundo disputado em França ainda é, no entanto, o derradeiro falhanço, com Portugal a poder segurar no domingo, na receção à Sérvia, na Luz, o pleno de fases finais que ostenta desde 2000.