FC Porto ficaria reduzido a três opções para defesa central mas voltaria a encaixar uma verba relevante com excedentário
O FC Porto continua a arrumar a casa e depois das saídas já confirmadas de André Silva, Rúben Neves, Depoitre, Andrés Fernández, Lichnovsky, Kayembe e José Ángel a título definitivo, bem como de Chidozie, Boly e Mikel por empréstimo, a imprensa holandesa avançou ontem com o acordo entre FC Porto e Stoke City para a transferência de Bruno Martins Indi a título definitivo para o clube inglês. O diário De Telegraaf avança mesmo com valores de transferência na ordem dos oito milhões de euros.
Bruno Martins Indi chegou ao FC Porto no verão de 2014 por 7,7M€ e depois de duas temporadas de utilização regular na equipa azul e branca, a chegada de Nuno Espírito Santo e de Felipe/Boly na temporada passada “empurraram” o internacional holandês para Inglaterra. Ao serviço do Stoke City, o defesa central nascido no Barreiro (foi para a Holanda com três meses de idade) redescobriu a titularidade absoluta ao participar em 35 dos 38 jogos do Stoke City na Premier League passada (fez um golo) um sinal claro da importância do defensor holandês para o técnico Mark Hughes que ao longo das últimas semanas sempre referiu o interesse em contar Martins Indi de forma permanente a partir desta temporada. A saída de Martins Indi do FC Porto permite ao clube encaixar uma verba importante por um excedentário e, porventura, até mais que isso, abre a porta da equipa principal a elementos jovens da formação azul e branca.
Um desses nomes é Jorge Fernandes. O jovem habitualmente titular na equipa Sub-20 de Portugal e que há duas temporadas vem sendo presença, ora da equipa B portista, ora do escalão júnior do clube, fez a pré-temporada com o plantel de Sérgio Conceição e surge, por isso, na linha da frente para integrar as opções do técnico português em caso de necessidade. É que, neste momento, confirmando-se a saída de Bruno Martins Indi do FC Porto, o clube azul e branco fica reduzido a apenas três opções para a zona central da defesa sendo que as permanências de Diego Reyes e até Danilo – que pode ser opção na posição -, segundo rumores veiculados pela imprensa desportiva, não são ainda dados adquiridos.
Com a saída de Bruno Martins Indi o FC Porto consegue um lucro marginal mas importante no equilíbrio das contas numa fase em que ainda ultrapassa imposições restritivas relativas ao fair play financeiro da UEFA. Confirmando-se os oito milhões de euros avançados pelo jornal holandês De Telegraaf, o FC Porto voltará a encaixar um valor importante com um ativo que não contava como opção prioritária para Sérgio Conceição no plano desportivo, ainda para mais, numa temporada em que o central holandês está em final de contrato. A saída de Martins Indi permitiria ao FC Porto encaixar perto de vinte milhões de euros só com jogadores “dispensáveis” (Indi, Depoitre, Andrés Fernández, Lichnovsky) bem como com valores de empréstimo conseguidos com Boly e Mikel. Já o empréstimo de Martins Indi ao Stoke City, na temporada passada, por exemplo, garantiu ao FC Porto um encaixe a rondar os dois milhões de euros.
A saída de Bruno Martins Indi, a título definitivo para o Stoke City, deixa o FC Porto reduzido a apenas três opções para o eixo central da defesa mas parece encerrar mais positivos que negativos num negócio de dois em um: encaixa um valor importante por um excedentário em final de contrato e abre a porta a um jovem central promissor da formação do clube.