Dois golos de Ronaldo, Casemiro e Asensio permitiram a 12ª Liga dos Campeões do Real Madrid
Histórico. Em Cardiff, o Real Madrid venceu a Juventus por 4-1 e conquistou a 12ª Liga dos Campeões do seu palmarés. Desde a reorganização da prova máxima de clubes da UEFA e consequente denominação como Liga dos Campeões nunca um clube havia conseguido vencer a prova em anos consecutivos. Na verdade, desde 1990, que algum clube conseguia revalidar o título na principal prova de clubes da UEFA. Cristiano Ronaldo esteve em destaque ao apontar dois dos quatro golos do Real Madrid, Casemiro e Asensio acompanharam o internacional português. Mandzukic fez o golo da Juventus.
Se a Juventus chegava a Cardiff com a fama e o proveito de ser uma muralha defensiva, os homens de Allegri não terão recebido o memorando que os limitava a, ao bom estilo italiano, especular o jogo e ferir o Real Madrid em transição. Longe disso. A Juventus entrou no estádio de Gales impelida a virar os cânones do avesso. Aos 12 minutos, afinal, já havia obrigado Keylor Navas a três intervenções, uma delas, a remate de Pjanic, de grande nível. O Real Madrid entrava em falso na final de Cardiff e concedia espaço (quase) fatal, à entrada da sua área, aos italianos, que não se inibiam e testavam o guarda redes costa riquenho com fortes golpes de fora da área. A Juventus, contudo, não capitalizou as suas oportunidades e arrependeu-se. À medida que o Real Madrid equilibrava as contas do jogo, o perigo surgiu e a primeira lição de eficácia era dada. Ao primeiro remate, o Real Madrid chegava ao golo. Ronaldo, remate rasteiro, ainda viu Bonucci desviar o golpe mas, este, era certeiro. Esta era a melhor fase do Real Madrid na partida e, ao contrário da Juventus, coloriram-na com golo. Ronaldo fazia o 500º golo do Real Madrid em toda a história da Taça dos Campeões/Liga dos Campeões.
A Juventus abanara mas não quebrara. A resposta chega quase imediata num golo que facilmente trocaria o relvado de Cardiff pelos areais de Copacabana. Sempre pelo ar, típico de outros futebóis, Mandzukic finaliza de forma acrobática, coloca a bola por cima de Navas e re-empata a partida. O Croata igualava Vasovic e Cristiano Ronaldo e tornava-se no, apenas, terceiro jogador a fazer um golo em duas finais da principal competição de clubes da UEFA. Havia-lo feito, em 2013, em Wembley. Mandzukic devolvia equilibrio a uma partida que se jogava intensa e ofensivamente. Juventus e Real Madrid dividiam o jogo e davam uma lição de futebol bem jogado. De posse dividida, de grande acerto no passe e de futebol jogado nos terços ofensivos. A Juventus não estava, porém, preparada para a entrada do Real Madrid na segunda parte e três golos dos homens de Zidane remeteriam o conjunto italiano à sua sétima final da Liga dos Campeões perdida.
Segunda parte de Campeões
O Real Madrid chega a nova vantagem à passagem da hora de jogo para não mais a perder. Como diz o povo, tantas vezes o cântaro vai à fonte que acaba por quebrar. O Real Madrid entra forte na segunda metade e uma equipa da Juventus, que habituara o Mundo do futebol à excelência, ao equilíbrio, perde-se em campo. Casemiro, com cortesia de Khedira, atraiçoa Buffon e os minutos sucessivos de pressão do Real Madrid sobre a baliza da Juventus, por fim, redundavam em golo. O terceiro chega pouco depois e, aí, já pouco havia a fazer. Ronaldo era leonino no ataque à bola, um golo que ilustrava bem a tendência do encontro desde o recomeço da partida. Bisava no jogo e o Real Madrid tinha uma mão na 12ª taça. A Juventus sofria, na final, tantos golos quantos havia sofrido em toda a competição até então. Ronaldo? Fazia o 500º golo da carreira, o 105º na Liga dos Campeões e pelo quinto ano consecutivo consagrava-se como o melhor marcador da prova.
Até final Gareth Bale teve tempo para pisar solo natal e estabelecer-se como o sexto jogador da história do jogo a conquistar a principal prova de clubes da UEFA na cidade em que nascera. Cuadrado, por seu lado, era o rosto de uma equipa à deriva. Doze minutos em campo, dois amarelos e uma expulsão. O Real Madrid continuava perigoso em contra ataque e, aproveitando o espaço concedido pela Juventus, criava perigo que os italianos já não conseguiam conter. Como não o conseguiram, aos 90 minutos, quando Marco Asensio, pouco depois de ter entrado em campo, selava o resultado final para que o Real Madrid fizesse história. O Real Madrid conquistava a 12ª Liga dos Campeões, a Juventus perdia a sua sétima final e Buffon adia por mais um ano o sonho de se sagrar campeão europeu de clubes. Desde 1959 que o Real Madrid não acrescentava o título europeu ao título nacional.