Comportamento dos adeptos do Cagliari na origem de festejo polémico do avançado italiano de origem marfinense
Os episódios de racismo voltam a pairar sobre o futebol italiano e agora é Moise Kean no centro da polémica, na sequência da visita da Juventus ao Cagliari. De origem costa-marfinense, o avançado ouviu os adeptos adversários foi alvo de insultos racistas imitaram sons de macacos e quando marcou ‘respondeu’ às provocações.
Aos 85 minutos, Kean ficou quieto e virado para a bancada dos adeptos do Cagliari, que intensificaram os insultos, que têm dado que falar em território transalpino.
Massimiliano Allegri, o treinador da Juve, criticou os adeptos e condenou também o festejo do seu jogador.
“Como é habitual, há alguns imbecis, mas também há pessoas normais. Os que não são civilizados devem ser identificados com a ajuda das câmaras e não devem entrar mais nos estádios”, disse, e prosseguiu: “Deve evitar este tipo de celebrações, é um gesto demasiado pequeno. Temos de ter respeito pelos adversários.”
Já Leonardo Bonucci criticou o colega de equipa e assume que a culpa é “50-50”. “Ele sabe que quando marca tem de centrar os festejos com os seus companheiros de equipa. Houve uns imbecis racistas, o Blaise ouviu tudo e estava irritado. Mas penso que a culpa é 50/50 porque o Kean não devia ter feito aquilo, não devia ter ido ter com os adeptos e reagido daquela forma. Somos profissionais, temos de dar o exemplo e não provocar ninguém”, disse o internacional italiano.
O presidente do Cagliari condenou a atitude dos adeptos mas também a resposta de Moise Kean.
“Não quero que exista hipocrisia porque ouvi jogadores da Juventus a dizer que o Kean errou. Se houve insultos racistas, então os nossos adeptos erraram, mas se foi por causa do festejo, poderia ter acontecido mesmo que o marcador tivesse outra cor.”
Recorde o festejo.