Equipa portuguesa mantém distância para a líder Suiça com golos de Ronaldo e André Silva
Não há duas sem três. Depois de um par de vitórias nas duas deslocações de Portugal à Letónia, a seleção portuguesa não escorregou e voltou a vencer a seleção báltica. Golos de Cristiano Ronaldo, dois, e de André Silva, um, mantêm Portugal na luta pela liderança no grupo B de apuramento para o Rússia 2018. Um resultado particularmente importante dada a vitória da Suiça, nas Ilhas Faroé, por 2-0. Não só Portugal mantém os helvéticos à distância de três pontos, como aumenta a diferença de golos perante a seleção Suiça. Afinal, em caso de empate entre Portugal e Suiça, no final das contas, esse é o fator de desempate principal.
Na Letónia, Portugal pede que se guardem as calculadoras. Por enquanto. Os destinos dos homens de Fernando Santos a eles ainda pertencem. Corra a segunda volta dentro da lógica, o apuramento direto do Grupo B decidir-se-á no encontro entre Portugal e Suiça. Os letões tentaram que não o fosse. Uma entrada entusiasmada da equipa de casa surpreendeu a equipa portuguesa que demorou a pegar no jogo e só na ponta final da primeira parte conseguiu chegar à vantagem. Portugal demorou a equilibrar o encontro e ao longo da primeira parte nunca pareceu estar efetivamente no controlo do mesmo. Termina a primeira parte com 67% da posse de bola total, mas cria apenas perigo em remates de fora da área naquela que seria uma constante durante todo o encontro. Ronaldo obriga Vanins a duas defesas de bom nível até que, aos 41 minutos, uma bola perdida à boca da baliza e um alvo escancarado só podiam ter um desfecho: o décimo golo de Ronaldo na fase de qualificação para o Rússia 2018. Cruzamento de André Gomes da esquerda, José Fonte cabeceia ao poste e Ronaldo só teve de encostar.
Numa segunda parte que se iniciou sem qualquer alteração, passou pela procura da fluidez nunca alcançada durante a primeira metade o grande objetivo da equipa de Fernando Santos. Portugal continuava, porém, a criar perigo através de remates de fora da área e foi num tiro de longa distância que Patrício mostrou estar presente em campo. É que se o ímpeto inicial da Letónia incomodou, pelo menos perigo verdadeiro nunca causou até então. A resposta de Portugal, porém, chegaria mais cedo que na primeira metade. À passagem da hora de jogo, Ronaldo bisou e mais uma vez Quaresma mostrava ser decisivo ao sair do banco para, em conjunto com o defesa letão, assistir Ronaldo.
O segundo tento de Portugal, mais do aproximar a equipa de Fernando Santos da vitória, pareceu um ponto final na resistência letã. Não surpreendeu, por isso, que o terceiro e último golo português surgisse pouco depois. Surpreendeu, sim, que o modo como Portugal o obtivera surgisse tão tarde na partida. Portugal nunca pressionou a limitada defensiva letã como o fez aos 67 minutos. André Silva caiu em cima de Gorkss, promoveu o erro do gigante capitão letão e depois de William isolar Ronaldo, o português assistiu André Silva para acrescentar aos seus dois golos altruismo e uma assistência. Se a Letónia estava ferida, o terceiro golo foi fatal. Os letões nunca mais se encontraram e até final pediu-se um apito derradeiro que pareceu demorar demasiado tempo a surgir. Ronaldo, por duas vezes, ainda se isolou na cara de Vanins mas o resultado estava feito. Guardem-se as calculadoras. Ainda não é tempo disso.
GRUPO B
1º Suiça, 18 pontos
2º Portugal, 15 pontos
3º Hungria, 7 pontos
4º Ilhas Faroé, 5 pontos
5º Andorra, 4 pontos
6º Letónia, 3 pontos