‘Cavaleiros da Dinamarca’ entram no lote de equipas que surpreendem na Champions
A atual edição da Liga dos Campeões viu o Copenhaga emergir como a surpresa mais encantadora da prova milionária, superando as expectativas na fase de grupos e avançando para os oitavos de final. Este feito notável remete-nos para outros capítulos memoráveis da história da competição mais importante da nível de clubes da UEFA, onde equipas aparentemente menos cotadas no ranking mundial desafiaram as probabilidades e viveram autênticos contos de fadas na Champions.
O Copenhaga, proveniente de uma liga (Dinarmarca) que muitas vezes passa despercebida nas fases avançadas da Liga dos Campeões, superou todas as expetativas num grupo considerado impensável. A sua determinação e estilo de jogo cativante conquistaram os adeptos e destacaram-se como um exemplo recente de como o futebol é imprevisível e apaixonante.
A equipa dinamarquesa terminou o Grupo A na segunda posição com oito pontos, tendo ficado apenas atrás do poderoso Bayern Munique, arredando Galatasaray, que caiu para a Liga Europa, e sobretudo o Manchester United, emblema inglês que conta com os portugueses Diogo Dalot e Bruno Fernandes no plantel e que ficou fora das competições europeias.
Achouri, Gonçalves e Tanlongo na equipa do Parken
Com diferença de golos nula e com duas vitórias, dois empates e duas derrotas ao fim de seis partidas, o Copenhaga, liderado por Jacob Neestrup, surpreendeu o mundo do futebol. E o Estádio Parken virou um verdadeiro ‘parque de diversões’ para quem gosta de bom futebol.
Os resultados, aliados a uma performance coletiva de grande qualidade, a turma dinamarquesa conseguiu destacar-se no seu grupo, em contraste com as exibições menos conseguidas e consequente eliminação da competição por parte do Manchester United, sob a batuta de Ten Hag.
Na equipa da capital da Dinamarca há nomes conhecidos dos relvados portugueses como Diogo Gonçalves ou Mateo Tanlongo, que tem contrato com o Sporting, mas também Elias Achouri.
Com passagens pela formação do Vitória, depois de Guimarães, o internacional pela Tunísia, que nasceu em França, também jogou no Estoril e no Trofense antes de se mudar para a Dinamarca onde vai espalhando magia.
O Benfica de Schmidt contra uma ‘velha senhora’ e um milionário PSG
Relembrando outras sagas notáveis na prova milionária, nem é preciso recuar muito. O Benfica na temporada 22/23 escreveu um capítulo épico ao contrariar as teorias e avançar para fases avançadas da competição.
Com Roger Schmidt ao leme e com Gonçalo Ramos a traduzir em golos o poderio ofensivo dos encarnados, a turma da Luz conseguiu cativar a atenção do demais observadores do desporto-rei.
Catapultados pela mudança de mentalidade imposta pelo técnico alemão, que havia chegado à Luz no iníco da temporada, a pressão exercida pelo conjunto português nos primeiros 20 metros do meio-campo defensivo do adversário foi a grande imagem de marca do Benfica na edição da LC da época transata.
Recorde-se que o Benfica alcançou os quartos de final da competição, tendo caído aos pés do Inter de Milão, clube italiano que também conta com uma história muito rica na competição, tendo erguido o troféu com um português no comando técnico, José Mourinho.
Um submarino amarelo em águas de elite
O Villarreal na temporada 2021/22, onde o Benfica também havia atingido os quartos, também protagonizou uma história semelhante à dos encarnados, demonstrando que o futebol é, por vezes, um palco para reviravoltas dramáticas.
Depois de terem eliminado o Bayern Munique nos quartos de final, o ‘submarino amarelo’ não conseguiu medir forças com o poderoso Liverpool de Jürgen Klopp. Nas meias finais, e com um agregado de 5-2 a favor dos ingleses, a turma espanhola despediu-se dos palcos da Liga dos Campeões. Mas a histórica ficou marcada.
Jardim de Monte Carlo e dois príncipes a despontar
O Monaco na temporada 2016/17, sob a batuta de Leonardo Jardim, é também um caso digno de destaque no que toca a agradáveis surpresas na Champions. Numa campanha que fez a Europa render-se ao seu futebol vibrante, o emblema monegasco contou com jogadores como Kylian Mbappé e Bernardo Silva, cujas performances deslumbrantes levaram-os para outros palcos.
No que toca a resultados, a turma francesa ainda sonhou com a final da competição, mas perante uma Juventus com ambições muito fortes e com um plantel experiente, o Monaco acabou por cair nas meias finais.
APOEL de Chipre a encantar a Europa do futebol
Outra equipa que entrou para a história da Liga dos Campeões foi o APOEL, na temporada 2011/12. Originária do Chipre, uma nação não tradicionalmente associada ao sucesso europeu, o APOEL alcançou os quartos de final da prova milionária, ultrapassando todas as expectativas.
Inserido no Grupo D, juntamente com Zenit, FC Porto e Shakhtar, o conjunto cipriota terminou na pole position com apenas uma derrota nos seis jogos disputados. No segundo lugar ficou a equipa russa, ao passo que os dragões cairam para a Liga Europa e os ucranianos despediram-se da prova.
Numa competição repleta de emoção e talento futebolístico, a Liga dos Campeões tem cativado os adeptos dos desporto rei por décadas. Este prestigiado torneio europeu reúne as melhores equipas do continente, proporcionando espetáculos memoráveis e momentos de puro êxtase desportivo e, a presente edição da competição promete não fugir à regra.
Neste momento, o Copenhaga é quem parte como favorito para ser a grande surpresa da edição 2023/24 da Champions. Mas é certo que no futebol as surpresas estão sempre a aparecer.