Grande Futebol
“Ninguém sabe quando o futebol poderá voltar a ser o que era”, diz Infantino
2020-04-02 19:00:00
O presidente da FIFA diz que "pela primeira vez, o futebol não é o mais importante"

O presidente da FIFA afirmou hoje, durante uma videoconferência com a CONMEBOL, que "o futebol não é o mais importante" e que "ninguém sabe quando voltará a ser o que era", face à pandemia de covid-19.

"Todos gostaríamos de ter o futebol de volta já amanhã, mas, infelizmente, isso não é possível. E ninguém no mundo sabe quando voltará a ser o que era", afirmou Gianni Infantino, durante uma videoconferência com representantes das 10 federações que compõem a Confederação Sul-Americana de futebol (CONMEBOL).

O líder da FIFA referiu que, "pela primeira vez, o futebol não é o mais importante" e que "a saúde é a prioridade e assim continuará a ser enquanto esta doença não for ultrapassada".

"São tempos complicados e de poucas palavras. É preciso ter respeito por aqueles que estão a sofrer e pelos que estão a ajudar a combater esta doença. Este vírus veio comprovar que somos pequenos e vulneráveis, e que o mundo é global. O nosso mundo e o nosso desporto serão diferentes quando tudo voltar ao normal. Temos de assegurar que o futebol vai sobreviver e prosperar novamente", disse o presidente da FIFA.

Durante a intervenção no 72.º congresso da CONMEBOL, Infantino revelou que, neste momento, a FIFA está a debruçar-se e a analisar três situações: os calendários das competições, os contratos dos futebolistas e o apoio financeiro que vai prestar a ligas e clubes por todo o mundo.

De resto, na terça-feira, em comunicado enviado à AFP, a FIFA anunciou que estava a "ponderar prestar assistência à comunidade do futebol por todo o mundo", salientando que a entidade tem uma situação económica "sólida" e que possui uma reserva financeira de cerca de 1.400 milhões de euros. 

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 47 mil morreram. Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.