Grande Futebol
"Não quero denegrir a qualidade mas... vejam a influência de Jorge Mendes"
2020-05-13 10:55:00
Wenger questiona mediatismo dado aos treinadores portugueses

Arsène Wenger é um dos nomes históricos na arte do treino e durante várias épocas colecionou sucessos na liderança técnica do Arsenal. Tido como um dos 'senadores' do futebol, o francês aproveita uma entrevista ao jornal L'Equipe para elogiar os treinadores portugueses mas, ao mesmo tempo, destacar a influência exercida por Jorge Mendes no mercado internacional de treinadores lusos.

"Não quero denegrir a sua qualidade, eles são bons, mas é porque têm conexões internacionais muito fortes. Vejam a influência de Jorge Mendes em tantos clubes europeus", referiu Wenger.

Aos 70 anos, 'Le Professeur' nota que os seus compatriotas treinadores "não se vendem e não se rodeiam dos melhores agentes".

O ex-treinador do Arsenal considera que no futebol mundial, atualmente, "as ligações são essenciais".

Recentemente, André Villas-Boas, treinador português que levou o Marselha ao segundo lugar da liga francesa, foi eleito de forma destacada como o melhor treinador da prova numa votação promovida pelo jornal L’Equipe.

Na Ligue 1 está também a treinar Paulo Sousa e, nos últimos anos, Leonardo Jardim também passou pelo Mónaco.

Mas os técnicos lusos orientam várias equipas de reputados campeonatos, como são os casos de Paulo Fonseca, na Roma da Serie A, Nuno Espírito Santo, no Wolves da Premier League, e Mourinho, no Tottenham também da Liga inglesa.

Seja como for, Wenger não compreende como é que técnicos franceses não têm este destaque internacional.

"Claro que André Villas-Boas é bom, é mesmo muito bom. E Laurent Blanc, não é bom? Acho incrível que ele não tenha clube", conculiu 'Le Professeur'.