Grande Futebol
Mourinho torna sonho de Roy Hodgson em pesadelo
2017-09-30 20:50:00
Veterano treinador persegue a primeira vitória mas acabou goleado pelo Manchester United

Roy Hodgson chegou a Londres como salvador do Crystal Palace, o clube de infância, mas o cenário dificilmente poderia ser pior. Para complicar as coisas, Mourinho tornou o sonho do veterano treinador num verdadeiro pesadelo ao golear este sábado, sem apelo nem agravo, por 4-0, evitando a recuperação do histórico emblema inglês. Nunca uma equipa esteve sem conseguir qualquer vitória nas sete primeiras jornadas da Premier League como sucede com o clube que apostou no antigo selecionador inglês após o despedimento de Frank de Boer.

O Crystal Palace não só não conseguiu vencer qualquer das primeiras sete rondas da Premier League como não conseguiu ainda marcar... um único golo. Zero golos apontados e 17 sofridos é o score dos londrinos, que nos últimos dois jogos encaixaram nove golos. Depois dos cinco golos aplicados pelo City de Guardiola, agora foram quatro do United de Mourinho, num ciclo verdadeiramente tormentoso para Hodgson, agravado com o desaire frente a Southampton, em casa (0-1). Antes já Frank de Boer havia averbado quatro derrotas, perante Burnley (0-1), Swansea (0-2), Liverpool (0-1) e Huddersfield (0-3, na condição de visitado na jornada inaugural).

O antigo selecionador inglês, de 70 anos, voltou ao ativo para treinar o Palace repleto de esperança. Assinou um contrato válido por duas temporadas, depois de os londrinos não terem perdoado o mau início ao antigo internacional holandês que saiu do clube ao fim de apenas 77 dias. É verdade, 77 dias. Pouco mais de dois meses e meio.

O último trabalho de Hodgson teve lugar no comando da seleção inglesa. Começou em 2012 e terminou em 2016, após o Campeonato da Europa conquistado por Portugal, em França, fruto da eliminação pela Islândia nos oitavos de final.

“Estava muito ansioso por voltar ao trabalho no dia-a-dia de um clube”, disse o técnico, que orientou ainda as seleções nacionais de Finlândia e Suíça e que trabalha agora, no 41.º ano da carreira de treinador, no clube que apoia desde criança.

“Nesses dias (de criança), tinha sonhos de jogar pela equipa, depois como treinador, pensei em treinar e muito aconteceu nesse tempo todo. É muito recompensador estar aqui agora, num clube que sempre amei e admirei e que tem muito potencial."