Médio do Real Madrid vai ser investigado pela justiça croata por suspeita de falso testemunho
A justiça croata abriu esta segunda-feira uma investigação sobre Luka Modric, devido a alegado falso testemunho do jogador do Real Madrid em 2015, num caso de corrupção que envolve um ex-treinador do Dínamo Zagreb e do qual o médio foi testemunha. Caso se confirme a culpa, o jogador pode enfrentar uma pena de cinco anos de prisão.
Segundo o diário croata “Vecernji list”, Modric, que foi ouvido na Croácia na passada terça-feira, terá alterado as declarações que tinha dado durante a investigação do caso, em 2015, o que poderá constituir crime de perjúrio e valer-lhe a pena de cinco anos de prisão.
Modric foi ouvido na semana passada sobre o caso de fraude fiscal, que envolve três ex-diretores do clube croata, entre eles Zdravko Mamic, antigo treinador e um dos agentes mais influentes do futebol croata, a quem Modric é suspeito de ter favorecido no seu testemunho.
Embora a justiça local apenas tenha referido que a investigação por suspeita de mentir em tribunal recaia sobre “um indivíduo croata de 32 anos, ouvido na semana passada”, sem referir o nome, a imprensa local já identificou Modric como sendo o alvo deste processo.
“A testemunha disse de forma falsa que a 10 de julho de 2004, a data em que assinou o primeiro contrato profissional, também assinou um documento anexo em que adquiria 50 por cento do direito de uma futura transferência”, pode ler-se no comunicado emitido por um escritório de advogados em Osijek, que confirmou a investigação a Modric.
De acordo com a acusação, Modric terá também admitido falsamente que assinou esse documento anexo sempre que renovou contrato com o Dínamo Zagreb, embora na audiência de 2015 tivesse referido que apenas assinou esse documento depois de já ter deixado o clube croata, o que sucedeu em 2008, quando rumou ao Tottenham, saindo depois em 2012 para o Real.