O 'fantasma' de Cristiano Ronaldo continua bem presente no Real Madrid, cujo poderio ofensivo ficou bem mais reduzido quando o capitão da seleção portuguesa se mudou para a Juventus.
Os primeiros tempos sem CR7 foram difíceis para o plantel, como assumiu agora o médio Toni Kroos, numa entrevista ao The Athletic.
"Depois de três Ligas dos Campeões seguidas, levou algum tempo a adaptarmo-nos à falta dos 40 ou 50 golos que Cristiano Ronaldo nos garantia todos os anos", confessou o internacional alemão.
O momento mais difícil foi a eliminação da prova milionária pelo surpreendente Ajax, está quase a fazer um ano: foi a 5 de março de 2019.
"Disseram que era o fim desta equipa, o que acabou por nos motivar para mostrar que estavam enganados", continuou Kroos.
O médio reconheceu que o Real Madrid atravessa "um momento difícil", em especial no ataque, que já não pode "garantir três ou quatro golos por jogo".
"Podemos tentar ganhar estabilidade defensiva", contrapôs: "A mudança deu-se mais ao nível mental do que ao nível tático. Todos trabalham arduamente para manter a baliza a zero. Quando percebes que o trabalho coletivo recompensa, começa a ser divertido", garantiu.
Toni Kroos realçou ainda a mudança tática operada por Zidane.
"Quando cheguei, em 2014, éramos essencialmente uma equipa de contra-ataque, a procurar os espaços de Bale, Cristiano e Benzema com longas corridas, mas Zidane mudou a nossa filosofia. Ele quer ter a bola e eu prefiro assim", concluiu.