A Liga italiana aplicou uma sanção de dois jogos à porta fechada ao Inter devido aos insultos racistas
Koulibaly foi alvo de insultos racistos durante o jogo que o SSC Nápoles realizou com o Inter de Milão, esta quarta-feira, e não demorou tempo a reagir nas redes socias. “Tenho orgulho na minha pele. Tenho orgulho de ser francês, senegalês, napolitano: homem”, escreveu o jogador da equipa napolitana, numa mensagem que contou com a solidariedade de Cristiano Ronaldo e de Carlo Ancelotti, técnico do Nápoles, e que motivou uma dura sanção por parte da Liga italiana que castigou o Inter com dois jogos à porta fechada, para além de uma terceira partida com a Curva Norte encerrada, o local onde se costumam posicionar as claques nerazzurras.
O internacional português partilhou uma mensagem no Instagram onde condena os os insultados racistas a Koulaby: “No Mundo e no futebol desejo sempre educação e respeito. Não ao racismo ou a qualquer ofensa e discriminação”, escreveu Ronaldo em italiano, partilhando ainda uma foto ao lado de Koulibaly.
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O técnico Carlo Ancelotti, por sua vez, revelou que o Nápoles pediu “a suspensão do jogo três vezes devido a cânticos racistas, ouviram-se três avisos no estádio e nada foi feito”, acrescentando que “a expulsão foi determinante para o resultado. Ele não estava calmo por causa de tudo o que estava a acontecer”.
O Presidente da câmara de Milão também reagiu e pediu desculpas a Koulibaly “em nome das pessoas” da cidade onde o jogo se realizou. Giuseppe Sala disse sentir-se “envergonhado” após ouvir insultos racistas em San Siro. “Os assobios visando Koulibaly foram uma vergonha”, escreveu Giuseppe Sala, no Facebook. “Foram um ato vergonhoso que visou um atleta que tem orgulho na cor da sua pele.”
Sala escreveu que vai continuar a assistir aos jogos do Inter, mas não vai tolerar comportamentos racistas por parte dos adeptos. “Ao primeiro cântico racista vou fazer algo muito simples: levanto-me e vou-me embora. Faço-o por mim, consciente que quem ofende um atleta negro não quer saber o que eu penso. Mas faço-o.”
“Peço desculpas ao Kalidou Koulibaly, em meu nome e em nome das pessoas de Milão, que testemunham que somos irmãos, mesmo nestes tempos difíceis em que vivemos”.