O Sporting selou a passagem aos oitavos de final da Liga Europa com um empate a três golos perante o FC Astana, jogo que Bas Dost cumpriu o tempo total do encontro e acabou por sair com queixas físicas do mesmo. Um erro que o próprio Jorge Jesus admitiu: "Eu devia ter tirado o Bas Dost, para o proteger, mas eu olho sempre o jogo para a frente e com 3-1 achei que ele e o Rafael [Leão] pudessem fazer estragos, mas acabei por dar cabo do Bas Dost. Vamos ver o diagnóstico do Dr. Varandas".

Jorge Jesus explicou que a sucessão de jogos o obrigou a colocar em campo uma equipa, porventura, mais fraca tecnicamente mas mais fresca para conseguir equilibrar as forças com o Astana. Ainda assim, para Jorge Jesus, o objetivo principal foi conseguido: "Em primeiro lugar, o objetivo foi alcançado que era entrar nos oitavos da Liga Europa. Vínhamos de um resultado confortável face aos dois dias que tivemos de interregno e eu mexi praticamente em toda a equipa e meti 7 jogadores que não jogaram em Tondela. Sabia que não era uma equipa tecnicamente tão forte, mas que estava mais fresca para discutir o jogo com o Astana, uma equipa que não tem história mas tem princípios de jogo". "Custa no último segundo do jogo sofrer um golo, mas o futebol é isto, já tinha acontecido no último jogo a nosso favor. Satisfeito por ter metido jogadores que não jogaram tanto e que corresponderam".

O técnico verde e branco abordou ainda a entrada de Rafael Leão em campo: "A entrada do Leão aconteceu numa altura em que eu podia ter defendido mais a equipa e não o fiz. Não foi por isso que sofremos dois golos mas podíamos ter ficado mais defendidos", admitiu. "Nós jogámos na segunda feira, hoje é quinta feira, segunda feira estamos a jogar, sexta feita estamos a jogar, tenho de saber gerir o esforço da equipa da melhor maneira correndo riscos. Hoje corremos riscos. Tem de ser assim, não há outra maneira", acrescentou ainda.

Jorge Jesus não se escusou ainda a comentar a situação que envolve Rúben Semedo, admitindo estar surpreendido com o episódio. "Não posso falar daquilo que não sei. O Semedo foi sempre um miúdo com princípios sociais e profissionais. Não sei, não posso falar do que não sei. Já tentei falar com ele, não consigo falar com ele, acho tudo muito estranho. Só quando tiver alguns dados concretos é que posso falar sobre isso".