Depois de um período inicial de adaptação ao clube e à cidade, Tiago Pinto foi esta quarta-feira oficialmente apresentado como diretor-desportivo na Roma de Paulo Fonseca.
Na hora de falar aos jornalistas, o dirigente não esqueceu o Benfica, onde trabalhou durante oito anos, assumindo que a “história de amor” que o liga aos encarnados dificultou a decisão de rumar a Itália.
“Vocês já sabem que eu tenho uma história de amor muito grande com o Benfica”, começou por dizer.
“A decisão não foi fácil, mas o que me realmente motivou passou muito pelas conversas com os proprietários, com todo o projeto que querem construir aqui e aquilo em que querem transformar a Roma”, acrescentou.
Tiago Pinto reconheceu ainda sentir-se “muito motivado” por ser uma “peça importante” para levar as “ideias” dos proprietários a bom porto, de forma a ajudar a Roma a ser “cada vez mais competitiva” e “capaz de lutar por títulos”.
Após oito anos ao serviço do Benfica, Tiago Pinto fez manchetes nos últimos tempos não só pela transferência para a Roma, onde vai encontrar Paulo Fonseca, mas também pelas declarações controversas na hora da despedida.
Em entrevista à BTV, recorde-se, o ex-dirigente das águias acusou “outros clubes” de “esconderem casos de covid-19”, enaltecendo a postura do Benfica face à pandemia.
“Ainda hoje comentei com a minha malta: decidimos, no início da pandemia, que para dar o exemplo diríamos quem tinha covid-19 no Benfica, para mostrar às famílias, para não haver discriminação. Era uma questão para lá da rivalidade e do mediatismo. Hoje em dia, estou arrependido, devido à forma como pegam nos nomes dos infetados do Benfica. (...) Não tenho dúvidas de que há outros clubes a esconder os casos”, referiu Tiago Pinto, sem identificar alvos.