Grande Futebol
“Isto é uma enormidade". Rui Jorge rendido ao talento dos sub-21 portugueses
2021-06-03 21:25:00
"Esta geração está a fazer um trajeto excelente", elogia o selecionador nacional, após a 12.ª vitória consecutiva

O selecionador nacional de sub-21 teceu fortes elogios ao percurso de Portugal no Europeu. Com a qualificação para a final, depois de derrotar a Espanha, a equipa lusa dá seguimento a um notável registo de resultados positivos, que Rui Jorge faz questão de enaltecer.  

“Alcançámos a 12.ª vitória seguida em jogos oficiais de sub-21. Nunca tinha acontecido e isto é uma enormidade. As pessoas devem ter consciência de que fizemos um caminho com Espanha, Inglaterra e Itália. Esta geração está a fazer um trajeto excelente”, assinalou o técnico. 

Rui Jorge manifesta-se extremamente feliz com a qualificação para a final, reconhecendo, apesar de tudo, alguma superioridade do adversário. 

“A sensação é ótima, pois é extremamente difícil alcançar a final desta competição. Penso que a Espanha foi superior em termos de qualidade de jogo e no domínio territorial que acabou por ter. Neste duelo entre equipas que jogam bem e têm bom controlo de bola, não conseguimos sobrepor-nos a eles”, assumiu. 

“Tivemos de defender mais baixo do que gostaríamos, mas onde, apesar de tudo, nos sentimos confortáveis. A partir do momento em que a Espanha tomou conta da bola, tivemos algumas situações de ataque rápido e marcámos com sorte. É injusto para a Espanha não atingir a final, mas tenho de considerar muito justo para os meus atletas”, elogiou ainda o selecionador nacional dos sub-21. 

O facto de Portugal ter conseguido travar um adversário de nível superior merece um sublinhado especial de Rui Jorge, que fala na “versatilidade de Portugal”.  

“Defrontámos o expoente máximo em termos de posse de bola e de qualidade de circulação. Conseguirmos suster esse estilo, apesar de não termos feito durante grande parte do jogo aquilo que nós costumamos e gostamos de fazer. Quando assim é, não me custa reconhecer que tentámos batê-los neste estilo de jogo, não conseguimos e tivemos de recorrer a outro”, disse. 

“O nosso pior momento foi o início da segunda parte. Sentimo-nos menos confortáveis no jogo e acho que a partir daí, apesar de a Espanha continuar a ter algum domínio sobre nós, estivemos muito mais confortáveis e não foi tão difícil como nos minutos iniciais da segunda parte, em que estivemos bastante desequilibrados e eles criaram situações”, resumiu ainda. 

Antecipando já a final, Rui Jorge tem uma certeza: a missão portuguesa não será fácil: “Conhecemos melhor os Países Baixos do que a Alemanha, mas nenhuma será fácil. Nesta fase é impossível chegar uma equipa que não seja muito boa. Se for os Países Baixos não teremos vantagem, porque eles não teriam sobre nós”. 

“Será mais um jogo, sendo verdade que já o disputámos no passado e fomos tendo diversos jogos decisivos em apuramentos e eliminatórias. Portanto, vai ser mais um jogo que vamos fazer e que será preparado da mesma forma que os outros todos. Poderá ter uma carga emocional diferente para alguns jogadores, mas isso é ultrapassável”, concluiu.