O selecionador nacional de sub-21 falou hoje aos jornalistas, à chegada a Portugal, um dia depois da derrota diante da Alemanha. A equipa das quinas perdeu a terceira final, duas com Rui Jorge ao comando da equipa. 

O técnico confessou que ainda não passou “tempo suficiente” para apagar a frustração. E apesar da derrota, não se desvia da estratégia delineada. “O tempo que passou ainda é curto e o processo de recuperação vai demorar. Após uma noite, já se está um pouco melhor. No entanto, custará a passar. Temos de continuar a fazer o trabalho que tem vindo a ser feito, continuar a pensar da mesma forma”, enfatizou. 

Confrontado com o facto de ter perdido duas finais no comando técnico dos sub-21, Rui Jorge apontou à terceira final. "Era muito bom ter uma terceira final. Se conseguir, vamos lutar para vencer”, referiu.  

“Gosto do trabalho que faço, sinto-me satisfeito por estar com estes jovens e vê-los atingir patamares elevados”, realçou ainda. 

Rui Jorge elogiou os jogadores, considerando que “o presente e o futuro estão garantidos”. E este desaire não travará o percurso dos jovens portugueses.  

“Não conseguiram ganhar a final, mas chegaram lá. E eles não podem ficar com uma final de sub-21 no currículo. Têm de continuar a trabalhar para pensarem em voos mais altos”, referiu o selecionador.  

Encerrada esta competição, Rui Jorge aponta a novas metas, sempre com o objetivo de “dignificar o nome de Portugal lá fora e dos jogadores”.  

“Temos conseguido fazê-lo e com bons resultados. Neste campeonato da Europa, o melhor jogador em campo foi sempre um português. E o melhor jogador da fase final também. Isso é elevar jogadores a outro patamar. É bom para Portugal e para os jogadores”, resumiu. 

Confrontado com uma eventual conversa com Vitinha, pelo facto de o jovem ter estado no lance de maior perigo da seleção nacional, no jogo com a Alemanha, Rui Jorge deixou uma palavra de apreço e um forte elogio.  

“O Vitinha está triste, como estão todos os jogadores. Mas ele não é o culpado da derrota. Foi, de facto, uma oportunidade flagrante, mas o futebol é feito de momentos como estes. O Vitinha fez um extraordinário campeonato”, concluiu.