José Mourinho ainda tem mágoa pela forma como foi despedido do Tottenham, escassos dias antes dos ‘spurs’ jogarem a final da Taça da Liga, que viriam a perder para o Manchester City, adversário que Mourinho derrotou por duas vezes em três jogos.
“Se me perguntares quantos títulos eu ganhei na carreira, eu digo 25 títulos e meio. O meio é aquela final que eu não disputei pelo Tottenham”, afirmou Mourinho, numa conversa com o popular apresentador televisivo James Corden, publicada pelo The Sun.
“Uma final é um sonho e não interessa se é a primeira, a 20.ª ou a 50.ª. Uma final é sempre um sonho, uma final em Wembley é mais do que um sonho. Ter a possibilidade de ganhar um troféu num clube que não tem muitos é um sonho a dobrar”, reforçou o ex-treinador do Tottenham.
Mourinho insistiu que, pelo trabalho desenvolvido no Tottenham, tinha “o direito de jogar” a final da Taça da Liga: “Sou o tipo de pessoa que, quando deixa um clube, fecha a porta e deseja boa sorte, mas, de uma forma estranha, digo que tenho 25 troféus e meio porque é algo que marca a minha carreira, não disputar uma final que ganhei o direito de jogar”.
Um sentimento de injustiça que ganhou maior dimensão numa época em que o Tottenham, orientado pelo técnico português, venceu dois dos três jogos que tinha realizado com o Manchester City.
“É disparatado dizer que iríamos vencer esse jogo, mas a verdade é que jogámos três vezes com o Manchester City e ganhámos duas”, lembrou Mourinho, que na próxima temporada vai orientar a Roma.
Nesta conversa com James Corden, José Mourinho renovou a intenção de orientar uma seleção, confirmando que recebeu convites de Inglaterra e de Portugal, cuja proposta classificou como “louca”.
“Tive um convite da seleção da Inglaterra em 2008, quando deixei o Chelsea pela primeira vez, mas achei que ainda era muito cedo para mim. E tive de Portugal, quando estava no Real Madrid. Era uma proposta louca para trabalhar em tempo parcial”, contou.
Apesar de “louca”, o então treinador do Real Madrid (entre 2010 e 2013) ainda equacionou aceitar esse trabalho “em tempo parcial”, sendo dissuadido pelo presidente do clube espanhol, Florentino Pérez.
“De uma forma inocente, eu queria aceitar. Depois de falar com o presidente do Real, entendi que era um grande disparate. Estar num clube do topo é um trabalho tão grande que não ´ha tempo para um part-time, mesmo que seja com o seu país”, acrescentou.
Foram-se os convites, ficou o sonho de orientar uma seleção. “É algo que vai acontecer mais tarde, porque é o tipo de trabalho que acho que vou gostar de fazer”, concluiu José Mourinho.
How exactly can you win 25.5 trophies?
— The Sun Football ⚽ (@TheSunFootball) June 9, 2021
Let Jose Mourinho tell you... pic.twitter.com/1ILj8HbCnZ