Grande Futebol
FIFA quer algoritmo para acabar com transferências milionárias
2018-09-23 10:55:00
Imagina o valor de uma transferência ser calculado por um algoritmo que avalia tudo sobre o jogador? Prepare-se.

Os valores recordes em transferências nos tempos mais recentes do futebol estão a fazer a FIFA a considerar avançar com mudanças para os mercados das próximas temporadas. O organismo que tutela o futebol mundial vai levar a cabo uma ‘Reforma das Transferências’, com o presidente Gianni Infantino a ter criado uma equipa para trabalhar as diretrizes de acordo com o ‘El País’. O grupo tem Rafaelle Poli na liderança e uma das ideias que mais dá que falar é a execução de um algoritmo que calcule o valor dos jogadores.

Pois bem, é mesmo por aí que começamos. Uma das medidas que a FIFA pretende implementar e que serve o propósito de baixar as quantias desembolsadas pelos clubes para adquirirem os passes de certos jogadores, é a de criar um algoritmo que define o preço a pagar pelo atleta. Então, em que se baseará esse mesmo algoritmo? Prioritariamente, nas estatísticas do jogador ao longo dos últimos anos, nos detalhes contratuais, na idade, na posição em que atua dentro das quatro linhas, e também no que tem vindo a alcançar desportivamente tanto a nível de clube como de seleção.

É de notar que o Observatório do Futebol, organismo de pesquisa e análise estatística, já tem por norma calcular o valor atual de jogadores com base em contas semelhantes. Como forma de exemplo, utilizando essa fórmula, os responsáveis do estudo deram conta de que Cristiano Ronaldo valeria 103,4 milhões de euros no final da época passada. Ora, a Juventus pagou 100 milhões pelo jogador, um valor inferior ao acima estimado.

Ora, mesmo que estas diretrizes sejam autorizadas, os clubes poderão ainda pagar um valor superior ao qual o jogador está avaliado. Nesse caso seria aplicada uma ‘taxa de luxo’, o que corresponderia a uma percentagem do valor a mais que não é paga ao clube que vende o atleta, mas sim à equipa que o formou. “Se valer 100 milhões de euros e um clube pagar 150, pode fazê-lo, mas pagaria uma compensação desses 50 milhões, que iria destinada aos clubes de formação”, explicou Rafaelle Poli em declarações ao ‘El País’. A medida é denominada como “fundo de solidariedade”, referiu ainda.

Porém, as medidas não ficam por aqui. Os empresários também são visados por estas diretrizes, pois a FIFA pensa também em limitar os valores recebidos pelos agentes nas transferências dos jogadores. A divulgação detalhada das quantias que envolvem os negócios é também um dos pontos de foco do organismo que rege o futebol mundial para as próximas temporadas. Ainda não está certo de que esta ‘reforma’ vá mesmo para a frente, mas caso aconteça é certo de que irá agitar o desporto rei como nunca antes visto.