O internacional português e campeão da Europa João Mário foi o convidado do programa ‘Futebol Total’, do Canal 11, emitido ao final da noite.

 Ao longo de mais de duas horas de entrevista, o jogador do Lokomotiv de Moscovo abordou vários temas da sua carreira e atualidade desportiva, tecendo rasgados elogios aos treinadores Jorge Jesus e Fernando Santos.

Sobre o selecionador nacional, João Mário lembra a sua crença no título europeu, que Portugal viria a conquistar.

“Fernando Santos, desde o primeiro jogo da qualificação, disse queria ser campeão europeu. Foi o meu primeiro jogo pela seleção. Pensei: o velho está maluco. Mas a mensagem foi tão repetida que isso também foi entrando nas nossas cabeças. Ele é o líder e nós acreditamos naquilo que nos diz pois as suas mensagens são as mais importantes para o grupo”, disse.

A lesão de Cristiano Ronaldo, um momento que ficou gravado na final do Europeu, “uniu ainda mais o grupo”.

“Queríamos dar-lhe essa vitória pois é uma figura central e o nosso capitão, mas também porque muitos diziam que éramos apenas a seleção do Cristiano e mostramos que éramos mais do que isso, um grupo muito forte, capaz de vencer em união. Queríamos dar essa alegria ao Cristiano e conseguimos”, diz João Mário.

Grato a Fernando Santos pela confiança manifestada, mesmo quando o jogador era pouco utilizado no Inter, João Mário também demonstra sentimento idêntico relativamente a  Jorge Jesus.

“O mister Jorge Jesus potenciou todo o meu talento e não é à toa que custei 40 milhões”, realça, recordando os tempos em que se cruzaram no Sporting.

“Aprendi muito com ele, tanto que quando cheguei ao campeonato italiano, em que tens que estar muito preparado taticamente, nunca me apontaram isso”, aponta, comparando os métodos com os de Marco Silva.

“Acho que antes com o Marco Silva já tinha mostrado o meu valor, mas aprendi muito taticamente com o Jorge Jesus e isso ajudou a chegar ao valor que o Inter pagou por mim. O que dizem que ele é chato é pouco para a realidade). A transição do Marco Silva para o Jesus não foi fácil para o grupo. O Marco é um treinador que quer sempre atacar muito e esse era o nosso foco. Com o Jorge Jesus o foco era atacar bem e nós queríamos atacar sempre, mas depois percebemos a questão das compensações. Ele explicava a importância do 8 equilibrar a equipa e a certa altura já jogávamos de olhos fechados”, explica.

Apesar de tudo, o Sporting deixou escapar o título, não obstante ter conseguido uma temporada de grande nível: “O ano acabou por ser frustrante pois fizemos tudo bem, ganhamos quatro dos cinco jogos com os grandes, mas falhámos em momentos decisivos que nos custaram o título”.