Golo de Lucas Paquetá fez a diferença no marcador
O anfitrião Brasil ‘passeou’ na primeira parte e sofreu na segunda, mas qualificou-se na segunda-feira para a final da edição 2021 da Copa América em futebol, na qual vai defender o título perante Argentina ou Colômbia.
No péssimo relvado do Engenhão, no Rio de Janeiro, uma iniciativa de Neymar concluída por Lucas Paquetá, aos 35 minutos, foi suficiente para os ‘canarinhos’ vencerem a reedição da final de 2019 e continuarem na corrida a um 10.º título.
Os brasileiros poderiam ter chegado ao intervalo com uma vantagem maior, mas, na segunda parte, o Peru, que não existira ofensivamente na primeira, foi a melhor equipa e criou algumas oportunidades para restabelecer a igualdade.
Lapadula, logo aos 49 minutos, García, aos 61, e Callens, aos 81, ameaçaram Ederson, que defendeu nas duas primeiras ocasiões e, na terceira, ‘meteu água’, ao sair e ser batido nas alturas pelo central peruano, que cabeceou ao lado.
O Brasil foi, ainda assim, um justo vencedor e está pela oitava vez na final, sendo que ganhou as últimas cinco, em 1997 (3-1 à Bolívia), 1999 (3-0 ao Uruguai), 2004 (4-2 nos penáltis à Argentina), 2007 (3-0 à Argentina) e 2019 (3-1 ao Peru).
Por seu lado, o Peru, campeão em 1939 e 1975, vai ter de contentar-se com o jogo de apuramento do terceiro lugar, no qual já poderá contar com André Carrillo, ex-jogador de Sporting e Benfica, que fez muita falta nas meias-finais.
Em relação aos ‘quartos’, o Brasil procedeu a duas alterações, com a entrada do benfiquista Everton e de Lucas Paquetá para os lugares do castigado Gabriel Jesus e de Roberto Firmino, enquanto o Peru trocou o suspenso Carrillo por Callens, passando para um esquema com três centrais, em 5-4-1.
A formação anfitriã entrou a dominar, sucedendo-se as tentativas, as primeiras de Richarlison (oito minutos), Casemiro (13 e 19) e Everton (14), para, aos 19, Gallese fazer duas defesas enormes, perante Neymar e Richarlison.
O ‘monólogo’ prosseguiu com um remate de Everton contra Callens (25 minutos) e, sem surpresa, o golo surgiu aos 35 minutos, com Richarlison a desmarcar Neymar, que, depois de ganhar vários ressaltos, tocou com classe para o remate de Lucas Paquetá.
Até ao intervalo, o Brasil continuou a ‘mandar’ no encontro, perante um Peru que tentou ter mais tempo a bola e atacar, mas não conseguiu sequer um único remate.
Para a segunda parte, Gareca trocou Christian Ramos e Trauco por García e López, passando para 4-2-3-1, e, logo aos 49 minutos, o Peru ameaçou o empate, por Lapadula, que derivou da direita para o meio e atirou para grande defesa de Ederson.
O Peru, transfigurado em relação à primeira parte, continuou por cima e o recém-entrado García fez três remates num curto espaço de tempo, aos 52, 53 e 61 minutos, o último para mais uma intervenção difícil do ex-guarda-redes do Benfica.
Everton, aos 62 minutos – oito antes de ser o primeiro a sair nos anfitriões -, e Neymar, aos 65, deram os primeiros sinais ofensivos do Brasil na segunda parte e marcaram uma viragem, pois os ‘canarinhos’ começaram a controlar melhor o jogo.
Ainda assim, numa bola parada, o Peru teve uma excelente ocasião para empatar, aos 81 minutos: Yotún marcou um livre na esquerda e Callens saltou mais alto do que todos, até que Ederson, que saiu mal, só que cabeceou ao lado.
Na parte final, as muitas substituições quebraram o ritmo, com o Brasil a conseguir segurar a vantagem mínima sem passar por mais situações de aperto e a conseguir, como ‘anunciado’, um lugar na final do Maracanã. É no sábado.
Jogo no Estádio Olímpico Nilton Santos ‘Engenhão’, no Rio de Janeiro.
Brasil – Peru, 1-0.
Ao intervalo: 1-0.
Marcador:
1-0, Lucas Paquetá, 35 minutos.
Equipas:
– Brasil: Ederson, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva, Renan Lodi (Éder Militão, 85), Casemiro, Fred (Fabinho, 85), Lucas Paquetá (Douglas Luiz, 90+2), Everton (Everton Ribeiro, 70), Neymar e Richarlison (Vinícius Jr., 85).
Selecionador: Tite.
– Peru: Gallese, Corzo (Lora, 75), Santamaría, Christian Ramos (García, 46), Callens, Trauco (López, 46), Tapia (Tavara, 89), Yotún, Sergio Peña, Cueva (Ormeño, 81) e Lapadula.
Selecionador: Ricardo Gareca (argentino).
Árbitro: Roberto Tobas (Chile).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Yotún (56), Vinícius Jr. (88) e López (90).
Assistência: Jogo disputado à porta fechada devido à pandemia da covid-19.