Há cerca de um mês no comando técnico do Vasco da Gama, do Brasil, Ricardo Sá Pinto atravessa um dos melhores momentos à frente do clube a nível de resultados, pese embora situações menos agradáveis que experienciou fora do relvado.
Este domingo, em entrevista ao Esporte Espetacular, o técnico português que foi nomeado o melhor treinador na mais recente jornada do Brasileirão, revelou que ocorreu um tiroteio perto das instalações do clube, mas sublinha que não chegou a sentir-se “inseguro”.
“Sei que tenho que ter alguns cuidados, não só em termos da covid-19, mas também em termos de segurança. Estávamos a treinar e houve à volta do Centro de Treinos alguns tiros e algumas intervenções policiais. A qualquer momento as balas perdidas podem acontecer. Tivemos que ter algum cuidado”, começou por contar.
“Logo na entrada [do Centro de Treinos] há dois campos, e tivemos que ir para o outro lado por uma questão de segurança. Mas nunca nos sentimos inseguros porque a intervenção policial foi boa, não houve nada de especial. Entre nós ficou tudo bem”, acrescentou.
Para o técnico português, que assumiu ter sido “maravilhosamente” recebido pelo povo brasileiro, a situação pode “manchar o turismo” para uma cidade “maravilhosa” como o Rio de Janeiro.
“É mau para todos, principalmente para a economia nesta fase”, apontou.
A viver uma série mais positiva a nível de resultados, Sá Pinto assumiu ainda o desejo de continuar no Vasco, para ajudar o clube “a sair de uma situação desconfortável” para fazer “um campeonato tranquilo”.
“Claramente que o meu interesse é continuar. Sinto-me muito bem no clube e nesta altura a minha preocupação não é o futuro, mas sim o imediato. É querer ajudar o Vasco a sair de uma situação desconfortável para uma situação confortável, para fazermos um campeonato tranquilo, tentar ir o melhor possível no Brasileirão e o mais longe possível na [taça] sul-americana”, concluiu.