Grande Futebol
Estalou o verniz e o chicote no campeonato italiano
2018-10-11 18:00:00
Génova CFC, de Iuri Medeiros e Pedro Pereira, e Chievo Verona despediram os treinadores

O campeonato italiano não costuma ser muito fértil neste tipo de ocorrências, principalmente numa fase inicial da temporada, mas num ápice, quando estão decorridas apenas oito jornadas da Série A, estalou o chicote. Os primeiros dias desta semana conheceram dois despedimentos, no Génova CFC, dos portugueses Iuri Medeiros e Pedro Pereira, e no Chievo Verona. A face negra de uma temporada que está a ser dominada amplamente pela Juventus, que só conta por vitória todos os jogos disputados, ao ponto de já desfrutar de seis pontos de vantagem relativamente ao segundo classificado, o SSC Nápoles, de Carlo Ancelotti.

No Génova CFC a situação ganhou contornos de rocambolesco. O clube havia contratado o treinador que tinha despedido em fevereiro (Iván Juric), despediu-o e voltou agora a contratá-lo. Confuso? Um pouco, de facto. A chegada de Juric vem na sequência da derrota (3-1) do último domingo, na receção ao promovido Parma, de Bruno Alves, num momento em que a equipa é 12.ª classificada na Série A, com 12 pontos, correspondentes a quatro vitórias e três derrotas. Davide Ballardini foi o sacrificado de um conjunto que até estado em foco face à produção de Piatek, o avançado, agora internacional polaco, que é o melhor marcador do campeonato, superando em larga escala Cristiano Ronaldo, fruto de um começo verdadeiramente avassalador expresso nos nove golos apontados em oito jornadas disputadas.

Mas o primeiro despedimento da temporada ocorreu no Chievo Verona, que prescindiu dos serviços de Lorenzo D’Anna. O treinador assumiu o comando da equipa principal em abril deste ano e evitou a descida de divisão, em substituição de Rolando Maran. Mas de pouco lhe valeu o feito. O despedimento de D’Anna é resultado do último lugar ocupado pelo Chievo na liga italiana. Em oito jogos do campeonato, a equipa de Verona soma dois empates e seis derrotas, a última averbada no último fim de semana frente ao Milan, que tenta recuperar depois de um começo assustador.

Para somar ao mau momento de forma do clube italiano, o Chievo começou o campeonato com menos três pontos, devido a uma penalização aplicada por fraude contabilística. Assim, pese embora os dois pontos conquistados, a equipa de Verona está no último lugar com um ponto negativo em virtude da penalização.

Estas são as situações já consumadas, mas há muitos treinadores na corda bamba como resultado de começos com muito pouco fulgor. São os casos de Eusebio Di Francesco, na AS Roma, de Gattuso, no Milan, e de Luciano Spalletti, no Inter. Neste contexto, Leonardo Jardim e Paulo Sousa, que agora estão livres no mercado de transferências, já foram dados pela imprensa italiana como potenciais candidatos a rumar ou a regressar, no caso do segundo, ao futebol transalpino.

O ex- treinador do Tianjin Quanjian já foi avançado como potencial treinador da AS Roma, numa lista onde constam também os nomes de Vincenzo Montella, Antonio Conte, Roberto Donadoni, Giampiero Ventura e Sinisa Mihajlovic. Já o ex-técnico do AS Mónaco foi aventado como provável substituto de Luciano Spalletti, no Inter.