Grande Futebol
"É perigoso comparar City às grandes equipas do Benfica, do Ajax e do Liverpool"
2021-05-03 10:50:00
Ex-selecionador inglês diz que há comparações que não devem ser feitas

O Manchester City tem realizado campanhas assinaláveis na Premier League nos últimos anos com Pep Guardiola e muitos têm sido os elogios pretados aos 'citizens' que procuram tocar a glória na Liga dos Campeões com a conquista de um troféu tão ambicionado no lado azul da cidade britânica. O catalão tem tentado mas, até ao momento, ainda não conseguiu, embora ambição não falta, evidenciada no estilo de jogo do City. Ainda que não sendo o 'tiki-taka', que Guardiola celebrizou na Catalunha, a qualidade apresentada pelo Manchester City vai dando que falar.

Aos elogios junta-se agora o de Roy Hodgson, destacado treinador britânico, um dos mais experientes da Premier League e antigo selecionador da equipa dos 'três leões'. Hodgson aconselha, contudo, a que não exagerem nos elogios ao futebol praticado pelos jogadores do Manchester City. E nesse sentido, Roy Hodgson acaba mesmo por salientar que há equipas com as quais não há comparação possível. E foi aí que lembrou o Benfica do passado e outras formações lendárias do futebol do velho continente.

"É perigoso comparar [o City] com as grandes equipas do Ajax, as grandes equipas do Benfica e as grandes equipas do Liverpool", assinalou Roy Hodgson, lembrando que essas equipas "foram sensacionais no tempo delas e jogaram muito bom futebol".

"Mas se falarmos na atualidade e nos dois últimos dois/três anos não encontramos uma melhor equipa do que o City", disse o treinador britânico, rendido a essas três formações lendárias.

No caso do Benfica, na década de 60, a turma da Luz ganhou fama e teve proveito no futebol do velho continente, sendo considerada uma das equipas imortais, onde pontificavam nomes como Eusébio, António Simões, Cavém, José Águas e Mário Coluna, entre outros.

Com Eusébio na frente de ataque encarnada, o Benfica, já um clube hegemónico internamente, amealhou e colheu atenções e foco mediático além fronteiras.

Nos anos 60, o Benfica travou a hegemonia espanhola no panorama do futebol europeu e foi bicampeão europeu, acabando por ajudar a seleção portuguesa a ter uma base para o sucesso que foi alcançado pela turma das 'quinas' no Mundial de 1966.

Nesse ano, a equipa nacional brilhou nos relvados britânicos com um nome a pontificar sobre todos os outros. Eusébio da Silva Ferreira, ainda hoje um dos nomes mais admirados em terras de Sua Majestade, encantou os ingleses.