Grande Futebol
Dí María: "Peguei na carta e rasguei-a em pedaços"
2018-06-26 15:55:00
Nesta terça-feira, Dí María deverá fazer parte do onze inicial da Argentina no jogo decisivo frente à Nigéria.

Ángel Dí María, internacional argentino, recordou, ao "The Players Tribune", um episódio em que o Real Madrid - clube onde jogava em 2014 - pediu para que o atacante não atuasse pela seleção na final do Mundial 2014. Na altura, recebeu uma carta do clube espanhol, que queria que o jogador se protegesse, olhando a uma transferência. 

O relato do argentino:

"Eram 11h e eu estava sentado na mesa do treinador, prestes a receber uma injeção na perna. Tinha rasgado o músculo da coxa nos quartos-de-final, mas, com analgésicos, podia correr sem sentir nada. Disse aos nossos médicos exatamente estas palavras: 'Se eu piorar, então deixem-me continuar a piorar. Eu não me importo. Só quero poder jogar.' Estava a colocar gelo na perna quando o nosso médico, Daniel Martínez, entrou na sala com um envelope e disse: 'Olha, Ángel, esta carta veio do Real Madrid.' Eu disse: 'O que estás a dizer?' E ele respondeu: 'Bem, eles estão a dizer que não estás em condições de jogar. Por isso, querem forçar-nos a não te deixar jogar hoje'. Percebi logo do que se tratava. Toda a gente sabia, toda a gente tinha ouvido os rumores que o Real Madrid queria contratar James Rodríguez depois do Mundial e sabia que me queriam vender para abrir espaço para ele. Por isso, não queriam que o seu peão se lesionasse. Peguei na carta e nem sequer a abri. Rasguei-a em pedaços e disse: 'deita-a fora, quem decide aqui sou eu'", relatou, ao "The Players Tribune".

Dí María acabou por não atuar nesse jogo - Sabella preferiu um Enzo Pérez a 100% -, algo que o jogador define como "o pior dia da vida". Nesta terça-feira, Dí María deverá fazer parte do onze inicial da Argentina no jogo decisivo frente à Nigéria.