É cada vez mais falado pela imprensa internacional um alegado negócio a caminho que pode levar Philippe Coutinho para o FC Barcelona, mas as implicações que podem surgir da concretização dessa transferência podem não ser as mais positivas para o Liverpool FC. Os 'reds', que na última época estiveram 'dependentes' de Coutinho em muitas ocasiões, podem receber uma autêntica fortuna pela venda do seu passe, mas outro problema chegaria logo a seguir.

Caso se confirme a saída do brasileiro do clube de "You'll Never Walk Alone", a sua substituição não vai ser tarefa fácil para Jürgen Klopp. As características de Coutinho são cada vez mais raras no futebol moderno. Não é comum encontrar médios com a velocidade e técnica do jogador nascido no Rio de Janeiro e não se vêem muitos avançados e extremos com a sua capacidade e visão tática. Coutinho, médio ofensivo que também sabe jogar encostado a uma ala, tem tudo, o que faz dele um dos jogadores de ataque mais versáteis e completos do mundo.

Prova disso é o interesse do FC Barcelona. O estilo de jogo dos catalães faz com que poucos sejam os jogadores cujas características se adaptem à equipa, mesmo que tenham qualidade. Se a equipa orientada por Ernesto Valverde pretende os serviços do jogador de 25 anos é porque sabe que Coutinho tem o que é preciso para vingar com a camisola 'blaugrana'. Principalmente quando o investimento será, alegadamente, tão avultado. 

Um dos nomes em cima da mesa para ocupar a vaga que poderá ser deixada pelo camisola 10 do Liverpool FC é Manuel Lanzini. O argentino do West Ham, de 24 anos, tem vindo a ganhar cada vez mais preponderância nos 'hammers' e tem impressionado a Liga Inglesa, mas ainda está longe daquilo que Coutinho oferece à equipa. Menos experiente na Europa e não tão virtuoso, Lanzini encontraria vários obstáculos se quisesse fazer o mesmo ou melhor que o brasileiro.

Coutinho chegou a Anfield em 2013 a troco de 8,5 milhões de libras, o que hoje seriam cerca de 9,3 milhões de euros. Tinha 21 anos e não havia rendido aquilo que se esperava dele no Inter Milão. No Liverpool FC, contudo, não demorou muito a ganhar o lugar e a assumir-se como uma peça fulcral na estratégia da equipa de Merseyside. 

A nível individual, a sua melhor prestação aconteceu precisamente na última temporada. Jogou em 36 encontros e apontou 14 golos, faturando mais do que em 2015/16 e 2014/15, épocas em que teve consideravelmente mais tempo de jogo. Coutinho, médio ofensivo, foi mesmo o melhor marcador do Liverpool FC em 2016/17, acumulando o 'título' de vice-líder nas assistências (9). Apenas Wijnaldum, com 11, deu mais golos a marcar.