O diretor desportivo do Celta confirmou o ataque da equipa de Vigo a Franco Cervi, um jogador que “não contava” para o Benfica. A janela de transferências fechou e o argentino continua na Luz, embora fosse uma prioridade para o clube espanhol.

“Havia mais futebolistas no mercado, mas a ideia era clara: Cervi ou Cervi”, garantiu Felipe Miñambres, diretor desportivo do Celta de Vigo.

As negociações falharam por causa da pandemia, com Cervi a aproveitar as oportunidades que foram surgindo com o acumular de casos de covid-19 no plantel encarnado.

“Às vezes, pretendes contratar um jogador e acabas por não conseguir. As circunstâncias mudaram no último mês. Cervi não contava, começou a jogar e a jogar bem e tudo ficou mais complicado, a equipa técnica do Benfica mudou de opinião”, explicou Miñambres.

Das dez partidas que o argentino soma esta temporada, oito foram realizadas nos últimos dois meses, período em que o Benfica teve vários jogadores infetados.

“Tentámos até ao último minuto, mas não foi possível. A pandemia prejudicou o Benfica”, completou o diretor desportivo do Celta, em declarações ao jornal Marca.

A escassa utilização que Cervi, que também teve covid-19, vinha registando até dezembro levou o Celta de Vigo a acreditar que seria possível contratar o argentino, motivando a antecipação do final do empréstimo de Lucas Olaza, lateral esquerdo uruguaio que os espanhóis devolveram ao Boca Juniors, da Argentina.

Com cinco movimentações na última janela de transferências, falhou apenas um alvo ao Celta de Vigo para que o mercado tivesse sido perfeito, na análise do dirigente.

“Estamos melhor e mais equilibrados. Saíram dois jogadores e entraram três. O mercado não foi perfeito, mas foi bom tanto a nível desportivo como económico. Contratámos os jogadores para as posições que queríamos, com excepção do Cervi”, concluiu o diretor desportivo.