Um golo de Javi Martínez, no prolongamento, permitiu hoje que o Bayern de Munique vencesse o Sevilha por 2-1 e conquistasse a segunda Supertaça Europeia de futebol do seu historial, após o empate 1-1 no tempo regulamentar.
O argentino Lucas Ocampos colocou os espanhóis na frente, logo aos 13 minutos, de grande penalidade, mas, aos 34, Goretzka repôs a igualdade, obrigando a tempo extra na Arena Puskas, em Budapeste, na Hungria, numa partida que contou com a presença de adeptos nas bancadas, limitadas a 30% da lotação.
No prolongamento, Javi Martínez, médio de 32 anos que poderá estar próximo de regressar ao 'seu' Athletic Bilbau, após oito anos em Munique, foi lançado por Hans-Dieter Flick, aos 99 minutos, e, cinco minutos depois (104), marcou o tento decisivo da 45.ª edição da Supertaça Europeia.
Depois de na última temporada ter arrecadado Liga alemã, Taça da Alemanha e Liga dos Campeões, o Bayern confirmou que é, provavelmente, a melhor equipa do mundo na atualidade e adicionou mais um troféu ao vasto espólio desportivo, conquistando a sua segunda Supertaça Europeia, que tinha erguido pela primeira vez em 2013.
Os alemães sucedem, assim, ao Liverpool e igualaram o número de troféus de Anderlecht, Juventus, Ajax e Valência, todos com duas supertaças continentais. AC Milan e FC Barcelona continuam a ser os recordistas do troféu, ambos com cinco triunfos.
Mesmo perante o poderio alemão, os espanhóis, vencedores da última edição da Liga Europa, aproveitaram as dificuldades pouco habituais do Bayern para equilibrar as 'forças' nos instantes iniciais, condicionando a posse de bola adversária e obrigando a um acumular de erros dos bávaros.
No primeiro jogo desde que regressou ao Sevilha, Iván Rakitic foi importante a 'anular' o 'motor' bávaro Kimmich e, mais ainda, a conquistar uma grande penalidade que permitiu a Lucas Ocampos inaugurar o marcador antes do quarto de hora.
Sem se conseguir 'expressar' como lhe é caraterístico, o Bayern acabava por esbarrar na dupla Koundé e Diego Carlos, verdadeiros 'esteios' no centro da defesa sevilhista. De resto, Koundé foi crucial para evitar o empate dos alemães, quando Muller se preparava para bater Bono.
Aos poucos, o conjunto de Munique conseguiu soltar-se e dar 'asas' à criatividade dos seus jogadores, de tal forma que conseguiu alcançar o empate, por intermédio de Goretzka, a concluir uma combinação exímia entre Gnabry, Muller e Lewandowski.
Depois da assistência para o médio, Lewandowski alcançou ele próprio o golo, no segundo tempo, mas a reviravolta foi anulada pelo videoárbitro, que descortinou - bem - o fora de jogo do 'artilheiro' polaco.
O domínio do Bayern foi-se intensificando com o passar dos minutos, mas tanto Lewandowski como Muller viram Koundé, primeiro, e o guarda-redes Bono, depois, oporem-se com eficácia às tentativas dos avançados do Bayern.
Mesmo mais contido nas saídas ofensivas, o Sevilha teve uma soberana situação para 'sentenciar' o jogo a três minutos do final, mas Neuer mostrou porque continua a ser um dos melhores do mundo e impediu que En-Nesyri, isolado, fizesse aquele que seria, provavelmente, o golo da vitória do Sevilha.
No arranque do prolongamento, Neuer voltou a vencer o duelo com En-Nesyri, desta feita com a 'ajuda' do poste, pouco antes de 'Hansi' Flick lançar aquele que seria o jogador determinante na final: Javi Martínez.
No jogo que pode ter marcado a despedida do emblema da Baviera, o internacional espanhol só precisou de cinco minutos para se evidenciar, dando o melhor seguimento a uma defesa incompleta de Bono, que tinha parado um primeiro remate de Alaba.
Jogo na Puskás Arena, em Budapeste.
Bayern de Munique - Sevilha, 2-1, após prolongamento.
Ao intervalo: 1-1.
No final do tempo regulamentar: 1-1.
No final da primeira parte do prolongamento: 2-1.
No final do prolongamento: 2-1.
Marcadores:
0-1, Ocampos, 13 minutos (grande penalidade).
1-1, Goretzka, 34.
2-1, Javi Martínez, 104.
Equipas:
Bayern de Munique: Neuer, Pavard, Sule, Alaba (Boateng, 112), Lucas Hernández (Javi Martínez, 99), Kimmich, Goretzka (Alphonso Davies, 99), Gnabry, Muller, Sané (Tolisso, 71) e Lewandowski.
(Suplentes: Ulreich, Nubel, Javi Martínez, Cuisance, Zirkzee, Boateng, Alphonso Davies, Tolisso, Fein, Tillman, Richards e Musiala).
Treinador: Hans-Dieter Flick.
Sevilha: Bono, Jesús Navas, Koundé, Diego Carlos, Escudero, Jordán (Franco Vázquez, 94), Fernando, Suso (Gudelj, 73), Rakitic (Óliver, 56), Ocampos e Luuk de Jong (En-Nesyri, 56).
(Suplentes: Vaclík, Javi Díaz, Sergi Gómez, Gudelj, Munir, Óscar Rodríguez, En-Nesyri, Acuña, Óliver, Franco Vázquez, Carlos Fernández e Bryan Gil).
Treinador: Julen Lopetegui.
Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Alaba (12), Jordán (45+1), Koundé (55), Fernando (70), Lucas Hernández (90+1) e Escudero (119).
Assistência: cerca de 15.000 espetadores.