Grande Futebol
Alisson e Ederson guardam a baliza do Brasil a sete chaves, finalmente
2018-02-23 11:00:00
Depois de vários anos sem um guarda-redes que reunisse consenso, o Brasil tem agora dois que competem pela titularidade.

Guardada a sete chaves. É assim que se encontra a baliza da seleção do Brasil, em ano de Mundial, depois de muito tempo sem ter um dono que reunisse consenso total entre a nação canarinha. Com o sonho do hexa presente há 16 anos na mente de todos os brasileiros, a posição de guarda-redes é uma que não deixa dúvidas quanto aos candidatos à titularidade na Rússia: Alisson, da AS Roma, tem sido a principal escolha de Tite, com 16 partidas somadas na fase de qualificação, mas Ederson, ex-Benfica, tem vindo a ganhar espaço muito por culpa das prestações ao serviço do Manchester City.

Primeiro, vamos ao titular. Para falar de Alisson, basta ver o último jogo que fez, precisamente na Liga dos Campeões, diante do Shakhtar Donetsk do português Paulo Fonseca. A equipa romana perdeu em solo ucraniano, mas o resultado foi pela margem mínima somente graças à astúcia do guardião canarinho entre os postes. Alisson assinou uma exibição de alto gabarito e mereceu elogios por toda a parte do mundo do futebol. Esta temporada são já 32 os compromissos oficiais que o guarda-redes brasileiro leva com a camisola da AS Roma, ele que chegou a Itália na época passada. Pelo seleção, Alisson foi o escolhido de Tite para alinhar em 16 dos 18 encontros da fase de qualificação para o Mundial e é ele quem parte na pole-position para defender as hostes canarinhas na Rússia, este verão. Como facto comprovativo da aposta recente que é, são apenas 22 as internacionalizações que soma.

Ederson, por seu turno, conta apenas um jogo oficial ao serviço do Brasil, tendo sido o titular na última ronda da fase de qualificação para o Mundial, no triunfo canarinho perante o Chile (3-0). O jogador do Manchester City tem sido afetado pela titularidade e prestações de Alisson na seleção e até o próprio Ederson já salientou que a posição de guarda-redes é uma com a qual Tite pode estar bem tranquilo. “O importante é que o Brasil está muito bem servido de goleiros. Nesse aspecto, o Tite pode ficar tranquilo”, referiu o guardião dos citizens, entre elogios a Alisson, em fevereiro, declarações reproduzidas pelo blog Jovem Pan Online. Esta época, pelo Manchester City, Ederson já leva 25 partidas realizadas.

Tem sido, assim sendo, com a sombra de Ederson a pairar cada vez mais, que Alisson está a viver o estatuto de titular da baliza do Brasil. Antes deles, Júlio César, ex-jogador do Benfica, nunca conseguiu reunir total consenso dos brasileiros, muito menos após a goleada de 7-1 sofrida às mãos da Alemanha no Mundial 2014. O último guardião que pode ser considerado como tendo reunido consenso na baliza brasileira foi Dida, que representou a seleção por 92 ocasiões. As palavras de Tite não fazem desvendar, com total certeza, quem vai chegar à Rússia como titular. “É uma concorrência leal. É competir em lealdade para estar bem no seu clube e ser convocado”, gosta de referir o selecionador canarinho, que já fez questão de frisar que “a reposição de bola do Ederson tem que ser estudada”.