Antigo presidente da FPF, Gilberto Madaíl entende que o possível adiamento do Euro2020 face ao Covid-19 é uma situação que poderá causar dificuldades acrescidas às federações na calendarização da próxima época.
"Para as federações nacionais, a adaptação dos calendários terá grandes implicações no desenvolvimento do futebol em cada área federativa", avisa Madaíl.
Em entrevista à 'Renascença', o antigo responsável pela FPF nota que se trata de uma situação inédita que o vírus está a colocar ao mundo e por isso não antecipa com segurança uma decisão que venha a ser tomada pela UEFA, a entidade responsável pela organização do Campeonato da Europa.
Ao contrário de outras edições, esta Euro irá decorrer em várias cidades o que poderá complicar ainda mais a tarefa das entidades de saúde.
"A capacidade de controlo será muito menor do que a que seria se fosse num único país. Num único país, poderia ser mais fácil isolar ou limitar as coisas."
Seja como for, Madaíl lembra também que adiar o Euro para 2021 irá dificultar também a organização da fase de apuramento para o Mundial.
Na eventualidade do torneio se realizar à porta fechada, Madaíl sustenta "seria uma grande desilusão".
A UEFA pediu hoje às suas 55 federações associadas para reunirem na próxima terça-feira por vídeoconferência, num encontro em que pretende debater a resposta do futebol à pandemia do Covid-19 e analisar o Euro2020.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.