O presidente da Federação da Polónia de futebol, o antigo internacional Zbigniew Boniek, garantiu hoje que o português Paulo Sousa continuará a ser o selecionador, apesar da eliminação no Euro2020.
“Falhámos desportivamente, não alcançámos os resultados que assumimos, mas Paulo Sousa mantém-se em funções, e esperamos que nos leve ao Mundial”, disse a antiga ‘estrela’ do futebol mundial, em conferência de imprensa.
A Polónia foi eliminada do Euro2020, na quarta-feira, quando a seleção orientada pelo ex-futebolista português Paulo Sousa terminou o Grupo E no quarto e último lugar, com um ponto, atrás de Suécia (seis), Espanha (cinco) e Eslováquia (três).
Nos três jogos na fase de grupos, os polacos perderam com a Eslováquia (2-1), empataram com a Espanha (1-1) e voltaram a perder na última jornada, com a Suécia (3-2).
“Não vamos mudar nada com remodelações e mudanças de treinadores”, adiantou o líder federativo, justificando que Paulo Sousa “é muito bom treinador” e que trouxe uma nova dinâmica ao grupo.
O português foi anunciado como selecionador da Polónia em janeiro deste ano e à frente da seleção conseguiu uma vitória em oito jogos, em casa com Andorra (3-0), já na qualificação para o Mundial2022.
No total, Paulo Sousa tem uma vitória, quatro empates, com Hungria, Rússia e Islândia, e três derrotas, com Inglaterra, e já no Euro2020, com Eslováquia e Suécia.
“Ele consegue ter os jogadores com ele. Nunca vi um grupo assim, no que diz respeito a trabalho. É uma equipa completamente diferente”, adiantou Boniek, acrescentando que trocar de selecionador, com a saída de Jerzy Brzęczek, “não foi um erro”.
Na conferência, o responsável máximo da Federação disse ainda que “a derrota nunca é positiva”, mas que não pode ser responsável pela forma de um ou dois jogadores.
“Em dois meses teremos mais jogos na qualificação para o Mundial, e devemos seguir em frente com otimismo. O futebol polaco tem-se desenvolvido em tantos aspetos, mas nos grandes torneios não temos alcançado o que queremos”, disse ainda.
O Euro2020, competição em que Portugal defende o título, foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19 e decorre até 11 de julho, em 11 cidades de 11 países diferentes.