A Dinamarca está nas meias-finais do Euro2020 de futebol, após vencer hoje a República Checa por 2-1, num jogo em que se adiantou na primeira parte com futebol fluido e preciso, antes de conter a reação contrária na segunda.
A seleção a cargo de Kasper Hjalmand esteve quase todo o jogo em vantagem, após Thomas Delaney ter ‘inaugurado o marcador' aos cinco minutos, e chegarou ao intervalo a vencer por 2-0, face ao tento de Kasper Dolberg, aos 42, antes dos checos reagirem e reduzirem no início do segundo tempo, por Patrik Schick, aos 49.
Após um encontro em que foi superior por mais tempo, o conjunto nórdico vai disputar uma meia-final de um Europeu pela quarta vez, depois de 1964, de 1984 e de 1992, ano em que venceu mesmo a competição.
Quando a toada do encontro disputado em Baku, no Azerbaijão, estava ainda por definir, a Dinamarca adiantou-se no marcador: após canto da direita de Stryger, Thomas Delaney beneficiou da apertada marcação checa aos centrais dinamarqueses e ficou solto no ‘coração da área’ para cabecear para o fundo das redes, sem hipóteses de defesa para Vaclik.
Desfeito o nulo, as duas seleções intensificaram a manobra ofensiva e rubricaram um primeiro tempo aberto, com movimentos rápidos e precisos em busca das desmarcações dos avançados, algo que os nórdicos fizeram melhor.
Damsgaard quase alargou a vantagem dinamarquesa aos 13 minutos, após desmarcação de Hojbjerg, mas Coufal teve tempo para afastar a bola em cima da linha de golo, antes da dupla Stryger e Delaney sobressair de novo aos 17, num lance em que o médio acertou mal na bola e desperdiçou o ‘bis’.
Depois de Holes ter obrigado Schmeichel a defesa atenta, aos 22 minutos, no lance mais perigoso dos checos no primeiro tempo, o conjunto nórdico ‘acelerou' novamente o desafio a partir da meia hora e voltou a marcar numa das combinações rápidas e precisas que desenhou.
Maehle ganhou terreno a Coufal na ala esquerda e desferiu um cruzamento em ‘trivela' que só parou no pé direito de Kasper Dolberg, para uma finalização certeira, de primeira.
Obrigado a anular dois golos de desvantagem, o selecionador checo, Jaroslav Silhavy, mudou o sistema tático de 4x2x3x1 para 4x4x2, ao trocar Holes por Jankto e Masopust por Krmencik, jogador na origem de uma ‘avalanche' ofensiva checa que culminou no tento de Patrik Schick.
Depois de ter negado o golo ao atleta recém-entrado, aos 46 minutos, e a Barak, aos 47, em dois remates de fora da área, Schmeichel foi incapaz de travar o remate de primeira do avançado do Bayer Leverkusen, que, em resposta a cruzamento de Coufal, igualou Cristiano Ronaldo no topo dos marcadores do Euro2020, com cinco golos.
A corrente do jogo assumiu o sentido da baliza dinamarquesa até aos 60 minutos, quando as entradas de Poulsen e de Noorgaard para os lugares de Dolberg e de Damsgaard ajudaram a equipa nórdica a ajustar posicionamentos e a reequilibrar o encontro até ao apito final.
Na última meia hora, a República Checa balanceou-se para o ataque em busca do ataque, mas com mais vontade do que engenho frente a um adversário que colocou o guarda-redes Vaclik em sentido num par de remates.
Os checos perderam assim a hipótese de disputar uma meia-final pela terceira vez, depois de o terem feito no Europeu de 1996, em que atingiram a final, e em 2004, em Portugal.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio Olímpico de Baku.
República Checa - Dinamarca, 1-2.
Ao intervalo: 0-2.
Marcadores:
0-1, Thomas Delaney, 05 minutos.
0-2, Kasper Dolberg, 42.
1-2, Patrik Schick, 49.
Equipas:
- República Checa: Vaclik, Coufal, Celustka (Brabec, 65), Kalas, Boril, Holes (Jankto, 46), Soucek, Masopust (Krmencik, 46), Barak, Sevcik (Darida, 80) e Schick (Vydra, 79).
Selecionador: Jaroslav Silhavy.
- Dinamarca: Schmeichel, Christensen (Andersen, 81), Kjaer, Vestergaard, Stryger (Wass, 71), Hojbjerg, Delaney (Jensen, 81), Maehle, Braithwaite, Damsgaard (Norgaard, 60) e Dolberg (Poulsen, 59).
Selecionador: Kasper Hjulmand.
Árbitro: Bjorn Kuipers (Países Baixos).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Krmencik (84) e Kalas (86).
Assistência: 16.306 espetadores.