Com o Euro2020 a entrar na segunda jornada da fase de grupos, há cinco jogadores que “não podem continuar no banco”. Nesta análise, hoje publicada pelo The Guardian, um dos jornais europeus de maior tiragem, está um português: o avançado André Silva.
Numa altura em que todos os selecionadores presentes já tiveram a oportunidade de apostar num onze, houve cinco suplentes que revolucionaram os jogos depois de terem sido lançados em campo, tendo justificado a titularidade no próximo compromisso das respetivas seleções.
É o caso de André Silva, um dos cinco suplentes que “não podem continuar no banco”, de acordo com o artigo assinado por Ben McAleer.
O segundo melhor marcador da última Bundesliga foi decisivo para a vitória (3-0) de Portugal sobre a Hungria, pois permitiu deslocar Cristiano Ronaldo mais para a esquerda (como explicou Fernando Santos após o encontro), obrigando a defensiva magiar a ceder mais espaço.
“Os três golos ocorreram depois de André Silva ter sido lançado em campo”, refere a análise do The Guardian, lembrando que apenas Lewandowski marcou mais golos no último campeonato alemão do que o avançado português do Eintracht Frankfurt.
“A decisão de Fernando Santos em lancer André Silva contra a Hungria beneficiou Portugal, pois deu aos defesas mais um motivo de preocupação e permitiu a Ronaldo derivar para o seu papel favorito, mais descaído para a esquerda do ataque”, sustenta o texto assinado por Ben McAleer.
De acordo com o jornal britânico, é natural que Cristiano Ronaldo, como a grande figura da seleção nacional, se sinta tentado a ser o líder do ataque português. No entanto, a equipa das quinas “mostrou-se muito mais perigosa” com André Silva no eixo ofensivo.
“Colocar um ponta de lança implica que Portugal terá de abdicar de um dos muito talentosos médios, mas, se Fernando Santos quiser maximizar os melhores atacantes que tem ao dispor, então André Silva merece mais tempo em campo à medida que o torneio for avançando”, complementa o artigo.
Além de André Silva, também Gerard Moreno, Jack Grealish, Nikola Vlasic e Che Adams “não podem continuar no banco” das respetivas seleções.
Gerard Moreno foi o segundo melhor marcador da última liga espanhola, apenas batido por Lionel Messi. Com a Espanha a ficar em branco diante da Suécia, a titularidade de Álvaro Morata ficou em risco, pois fez “apenas três remates e nenhum deles perigoso para Robin Olsen”.
Jack Grealish foi o jogador que mais faltas sofreu na última Premier League e o segundo com mais passes, merecendo “uma hipótese” numa Inglaterra em que a grande figura, Phil Foden, esteve “bastante apagada” no triunfo sobre a Croácia.
Uma Croácia cujos melhores momentos tiveram a assinatura de Nikola Vlasic, que nos cerca de 20 minutos em campo ofuscou as estrelas da equipa, Modric e Kovacic.
Já Che Adams foi o jogador com mais passes numa Escócia que perdeu com a República Checa, isto apesar de só ter jogado a segunda parte. Esteve também envolvido em 13 dos 19 remates feitos pelos escoceses.