Fora da Bancada
Superliga deve ser "recusada sem hesitação”, declara António Costa
2021-04-19 21:40:00
Primeiro-ministro frisa que "os princípios da solidariedade e do mérito não podem estar à venda"

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que a criação da Superliga europeia de futebol é uma ideia que deve ser “recusada sem hesitação”, considerando que existem princípios e valores que “não podem estar à venda”.

“A proposta de uma competição de futebol no espaço Europeu organizada fora das instituições representativas do setor, nomeadamente as Ligas, as Federações e a UEFA, tem de ser recusada sem nenhuma hesitação”, referiu o primeiro-ministro português, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

António Costa salienta que está ao lado das instituições desportivas nacionais e internacionais que se recusam “de forma veemente” a aceitar que a competição se venha a realizar.

“Os princípios da solidariedade, da valorização do resultado desportivo e do mérito não podem estar à venda”, frisou.

No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.

A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.

As equipas vão ser divididas em dois grupos de 10, com jogos em casa e fora, a meio da semana, avançando os três primeiros e o vencedor de um ‘play-off’ entre quarto e quinto classificados para os quartos de final, a duas mãos, seguindo-se a fase a eliminar até à final, a disputar em campo neutro.

A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Entretanto, o organismo que rege o futebol europeu anunciou o alargamento da Liga dos Campeões de 32 para 36 clubes, a partir de 2024/25, numa liga única, com cinco jogos em casa e outros tantos fora.

Os oito primeiros avançam para os oitavos de final, enquanto as restantes vagas nesta fase a eliminar vão ser decididas em ‘play-off’ entre os nono e 24.º classificados.