Diamantino Miranda, antigo capitão do Benfica e ex-internacional português, diz que não gosta de entrar por caminhos que não domina e, por isso, não se quer alongar em grandes comentários a respeito das revelações trazidas nesta semana por alguma imprensa a respeito de César Boaventura que é suspeito de tentar comprar jogadores para favorecer o Benfica, de acordo com os indícios recolhidos pelo Ministério Público.
De resto, Diamantino Miranda diz que para falar dos casos onde o nome do Benfica aparece associado teria de falar também de outros clubes. "Não tenho complexos com clube nenhum. Não tenho rigorosamente complexos nenhuns, nem tenho a memória seletiva", garantiu Diamantino Miranda.
Só que, refere o ex-internacional português, para falar dos casos em que o nome do Benfica aparece associado, mesmo que a justiça não tenha encontrado provas, teria de falar de outros casos que envolveram outros rivais do clube da Luz que também não foram para julgamento dado que a justiça não encontrou provas nesses casos para arrolar o Sporting. E Diamantino Miranda faz referência, nesse sentido, ao caso Cashball.
"Eu para estar a falar dos casos do Benfica, por exemplo, tinha que falar do Cashball, tinha que falar dos dirigentes do Sporting que, alegadamente, queriam comprar árbitros de futebol e árbitros de andebol", respondeu o antigo capitão encarnado.
Em declarações num programa de desporto da CMTV, Diamantino Miranda disse ainda que, nos últimos anos, o nome do Benfica tem aparecido em vários processos, mas a verdade é que, até agora, nada foi comprovado em relação ao clube da Luz.
Caso do sportinguista Pereira Cristóvão lembrado
"Até agora em todos os casos, infelizmente para vocês, não tem acontecido", observou Diamantino Miranda, falando ainda do caso de Paulo Pereira Cristóvão, antigo vice-presidente do Sporting.
Pereira Cristóvão, recorde-se, foi acusado em tribunal de efetuar um depósito de 2.000 euros na conta do então árbitro José Cardinal e na sequência dessa situação o ex-vice-presidente acabou também por ser expulso de sócio do Sporting por decisão tomada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar.
"Era vice-presidente do Sporting"
"O Sporting Clube de Portugal informa que, em reunião realizada a 6 de Outubro de 2017, o Conselho Fiscal e Disciplinar decidiu, por unanimidade, expulsar o associado Paulo Pereira Cristóvão por violação dos Estatutos e inobservância de vários deveres a que todos os sócios estão obrigados, considerando, ainda para mais, o estatuto de utilidade pública da Instituição", justificou o Sporting, em 2017.
Diamantino Miranda ironiza em relação aos motivos que estariam por trás. "Queria os dados dos árbitros para quê? Era para mandar brinquedos para os filhos? Era para mandar ramos de flores para as mulheres dos árbitros", adiantou Diamantino Miranda, lembrando que Paulo Pereira Cristóvão "era vice-presidente do Sporting".
