João Pedro Mendonça, presidente da Associação dos Médicos de Futebol, não entende as razões para manter fechadas as portas dos estádios ao público, quando isso já acontece em outras divisões e já há plano para jogos da Seleção Nacional.
"Como nós sabemos o vírus não escolhe divisão", afirmou João Pedro Mendonça, destacando ainda o papel do organismo liderado por Pedro Proença.
"A Liga tem tido um comportamento que até acho irrepreensível na retoma da atividade desportiva, reunindo-se com médicos e deixando que estes tenham opinião e ouvindo sempre a DGS."
Tudo somado, para o clínico não restam dúvidas de que é possível pensar num plano para que as pessoas voltem às bancadas.
"Com estes procedimentos e num estádio com muitos lugares é possível ter 10 a 20 por cento de ocupação, desde que se tomem as devidas precauções", detalhou o médico João Pedro Mendonça.
Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, garantiu que a entidade que chefia tem tido "grande precaução e coerência".
"Foi sempre dito que a prioridade era a abertura das escolas e não estava previsto púbico nos estádios", afirmou Graça Freitas, em conferência de imprensa.
João Pedro Mendonça entende que a DGS poderia usar o futebol para servir de exemplo das práticas que devem ser aplicadas no contexto pandémico, até "pela sua notoriedade".
O médico diz ainda que o futebol profissional "poode e quer desempenhar" este papel, tal como "a Liga e os clubes pedem desde a primeira hora".
A direção regional de saúde dos Açores vai permitir ter público no jogo entre Santa Clara e Gil Vicente, em São Miguel.
Também os próximos jogos da Seleção Nacional, em Alvalade, vão ter a presença de adeptos.