O Benfica enfrenta um mês decisivo na temporada com duelos intensos e que ditarão muito daquilo que poderá ser a carreira do clube encarnado na edição 2021/22 da temporada. Bruno Lage, que venceu o título em 2019, está na Premier League mas vai estando, dentro dos possíveis, atento à realidade do futebol nacional, embora, confesse, não tenha grande tempo. Em todo o caso, o treinador do Wolves recusa falar do emblema agora treinado por Jorge Jesus.

Bruno Lage diz que a sua forma de ser e estar na vida e no futebol não se altera e por isso sustenta que não se quer alongar sobre o momento do Benfica, até porque, diz, não tem tido muito tempo para acompanhar a Liga portuguesa e apenas tenta ver alguns jogos da Liga dos Campeões. Em todo o caso, o último treinador campeão no Benfica realça que, ao contrário de outros quando estiveram fora, não gosta de tecer comentários sobre o emblema encarnado.

"Quando saí do Benfica não falei do Benfica. Enquanto fui treinador do Benfica respondi a tudo sobre o Benfica, enquanto eventualmente outros treinadores estavam fora e falavam do Benfica. Eu não."

Em declarações na Sport TV, Bruno Lage afirmou ainda que espera que o futebol nacional possa continuar numa fase de crescimento e deixa uma palavra de incentivo para que se tente potenciar o futebol dentro das quatro linhas também ao nível dos comentários e análises.

"Podemos ter um futebol melhor", disse Bruno Lage, aconselhando a que, de uma forma constante e cada vez mais, se olhe para aquilo que se passa e faz "dentro das quatro linhas".

Bruno Lage, recorde-se, rendeu Rui Vitória em 2019 e, depois de uma impressionante segunda volta de campeonato, levou o Benfica à conquista do 37.º título de campeão nacional.

Apesar de ter várias e complicadas saídas no calendário da altura, o Benfica de Bruno Lage conseguiu brilhar em campo e somar vitórias em redutos como o Estádio do Dragão, Alvalade, Municipal de Braga e D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Nessa equipa pontificavam nomes como João Félix, Jonas e Rúben Dias. Foi o tempo em que nomes como Florentino Luís e Ferro foram protagonistas também da campanha vitoriosa do emblema lisboeta.

Apesar do sucesso nessa temporada, Bruno Lage acabaria por sair na época seguinte por causa dos maus resultados obtidos pela formação à época liderada por Luís Filipe Vieira que entregou de forma interina a equipa a Veríssimo até à chegada de Jorge Jesus.