Prolongamento
"Não é uma evidência que Sporting precise de avançado como de pão para a boca"
2022-08-12 09:35:00
"No sistema em que joga o Sporting não faz muito a diferença o ponta de lança verdadeiramente", admite ex-dirigente

O Sporting precisa de um ponta de lança para concorrer com Paulinho? Essa é uma das interrogações que muitos sportinguistas fazem nesta altura. Contratado ao SC Braga em janeiro de 2021, Paulinho rapidamente agarrou o lugar na frente de ataque dos leões e acabou mesmo por ter influência na conquista do título verde e branco, pese embora, em alguns jogos, Rúben Amorim tenha apostado numa espécie de solução de recurso na frente, nos últimos minutos, para tentar desbloquear jogos com Seba Coates a jogar no ataque.

Na última época, na janela de transferências de janeiro, a administração liderada por Frederico Varandas colocou em Alvalade Islam Slimani. O avançado argelino, que já tinha passado pelo Sporting, voltou 'a casa' para felicidade dos adeptos e até começou por marcar vários golos.

De resto, o camisola 9 dos leões acabou até por ser considerado como o melhor jogador do mês de março na I Liga, vivendo um período positivo.

Só que, de um momento para o outro, o avançado acabou por ser afastado das opções do técnico Rúben Amorim, que não escondeu que o internacional pela Argélia deixaria de fazer parte do lote de opções para a equipa.

Desde então, Slimani tem partilhado algumas mensagens nas redes sociais onde indica que continua a trabalhar em Alcochete, mas não mais voltou a vestir a camisola principal do Sporting.

Rúben Amorim tem apostado em Paulinho e quando não tem Paulinho opta por um ataque mais móvel. Por isso, Dias Ferreira, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral, diz que não consegue com segurança dizer se o Sporting precisa ou não de contratar um ponta de lança.

Desde logo, o antigo dirigente sustenta que não tem o curso de treinador para avaliar essa situação, sendo um "treinador de bancada". "Não percebo muito disso, não sou técnico", justificou Dias Ferreira, prolongando a sua ideia a respeito do ataque verde e branco.

"No sistema em que joga o Sporting não faz muito a diferença o ponta de lança verdadeiramente", admitiu o antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral leonina.

"Eu acho que há três ou quatro jogadores na frente que, com a sua mobilidade, podem, se calhar, ter o mesmo efeito que o ponta de lança e se o Sporting tiver um ponta de lança fixo, não sei se não irá desvirtuar o seu jogo", realçou Dias Ferreira.

Em declarações no canal de televisão A Bola TV, o antigo dirigente verde e branco insistiu que não pode falar deste tema com segurança. "Não sou capaz de o dizer. Não tenho capacidade para isso. Sou treinador de bancada e não treinador a sério."

Ainda a este propósito, Dias Ferreira acrescentou não ser uma "evidência" a necessidade de reforçar o setor mais adiantado da equipa liderada por Rúben Amorim.

"Não é para mim uma evidência que o Sporting precise de um ponta de lança como de pão para a boca", afirmou Dias Ferreira, que lamentou ainda que a janela de transferência esteja aberta quando os campeonatos já decorrem.

"Não concordo nada com isto", disse Dias Ferreira, sublinhando ainda que não é apenas a possível saída de Matheus Nunes que o preocupa. "O Sporting tem vários porta-aviões", disse o antigo dirigente dos leões.