Portugal
"Fiz uma denúncia sobre o processo Alcochete", revela Bruno de Carvalho
2020-11-06 12:10:00
Ex-presidente dos leões quer reabrir investigação

Bruno de Carvalho assegura que apresentou uma queixa ao Ministério Público no âmbito do processo de Alcochete, caso em que, recorde-se, depois de ser arguido acabou por ser inocentado na leitura do acórdão judicial.

"Fiz uma denúncia ao Ministério Público sobre o processo Alcochete e a intervenção de Diogo Amaral e Pedro Silveira no mesmo", revela Bruno de Carvalho.

Em mensagem deixada nas redes sociais, o ex-presidente do Sporting realça que o processo voltará a ser investigado e acredita que o será por quem de direito.

"O assunto está de volta a quem o devia ter investigado desde o início", assegura Bruno de Carvalho, esperando agora que o Ministério Público possa dar seguimento à queixa que diz ter apresentado.

Sem revelar o teor da denúncia, Bruno de Carvalho sustenta que aguardará novos desenvolvimentos no processo que marca a vida do Sporting nas últimas décadas.

"O que irá o Ministério Público fazer? Não sei. Sei que eu fiz o que tinha a fazer", referiu o ex-presidente do emblema leonino, que acabou expulso de associado já depois do ataque a Alcochete.

Sobre este caso, recorde-se, recentemente ficou-se a saber que os procuradores do Ministério Público (MP) não concordam com a decisão das instâncias judiciais no caso de Alcochete e entendem que o agressor confesso de Bas Dost e Jorge Jesus, Rúben Marques, deverá cumprir pena na cadeia e não pena suspensa como foi decretado pelo tribunal.

Rúben Marques enfrenta uma pena de quatro anos e 10 meses de prisão, suspensa por cinco anos e com 200 horas de trabalho comunitário, por ofensa à integridade física.

Na leitura do acórdão, que decorreu no tribunal de Monsanto, em Lisboa, o coletivo de juízes, presidido por Sílvia Pires, absolveu todos os arguidos do crime de sequestro e terrorismo, uma vez que tinham um alvo definido, sem interferirem com a paz pública.

O antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes e outros oito arguidos foram condenados a cinco anos de prisão efetiva, 28 foram condenados a penas entre três anos e seis meses e quatro anos e 10 meses, suspensas por cinco anos, enquanto quatro foram condenados a penas de multa.

Já Bruno de Carvalho, recorde-se, foi absolvido da autoria moral da invasão à Academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio de 2018, no processo que decorreu no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.

Na leitura do acórdão, que decorreu no tribunal de Monsanto, em Lisboa, o coletivo de juízes presidido por Sílvia Pires considerou que não foram provados factos contra Bruno de Carvalho, que liderou os leões entre 2013 e 2018.

Não foi provado que as críticas de Bruno Carvalho nas redes sociais tivessem incentivado os adeptos a agredirem alguém, nem de forma implícita, assim como não foi estabelecida relação de causa e efeito entre a alegada expressão “façam o que quiserem” e o ocorrido na Academia.